Saulo de tudo e pra todos: pipoca das cores arrastou público diverso no Centro

Foliões de todas as idades aproveitaram o trio do cantor, que trouxe uma intérprete de Libras

Publicado em 22 de fevereiro de 2020 às 15:22

- Atualizado há um ano

. Crédito: Jefferson Peixoto/Secom

Saulo Fernandes é um dos artistas mais queridos e consequentemente um dos mais aguardados do Carnaval de Salvador. Neste sábado (21), o cantor puxou sua pipoca das cores e uma palavra que reuniu sua passagem pelo Campo Grande foi diversidade. Tinha gente de todos os tipos: de crianças a idosos, de todos os lugares, de várias crenças e que se reuniram no Centro de Salvador para viver momentos felizes. E que momentos.

Em cima do trio, o cantor teve a companhia de uma intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais), para que surdos também pudessem vivenciar o Carnaval. “Foi uma iniciativa em grupo, fundamental porque tem uma galera que consegue acompanhar o trio dessa forma, se comunicando com ela. É uma oportunidade também de crescer como ser humano, e mostrar que a gente pode agregar. O Carnaval pode ser um centro de coisas boas, e vamos colocar energias boas”, falou o artista. (Foto: Jefferson Peixoto/Secom) Vestido com uma longa roupa branca, Saulo parecia uma tela pronta para ser colorida pelas artes da pipoca. As cores se fizeram ainda mais presentes com a quantidade de pó colorido que foi soprado e tingiu de amarelo, azul, rosa e vermelho a pista em frente ao Teatro Castro Alves. Saulo botou pra fever, não só cantando a música célebre do Carnaval.

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No dia que é conhecido pela quantidade de crianças que vão ao Circuito para curtir os blocos infantis, Saulo caiu como uma luva para fechar a manhã e tarde de pequeninas como Luna Vitória, que saiu com a mãe para ver o Algodão Doce, bloco de Carla Perez, e entrou em êxtase com a energia de Saulo.

Ana Júlia, 8 anos, foi além: com uma tiarinha em homenagem ao ídolo, ela enfrentou a multidão e fez a festa no meio do povo enquanto declarava seu amor a Saulo Fernandes. Grupo de vários lugares da Bahia (Foto: Vinicius Nascimento/CORREIO) Os contrastes se faziam presente na pipoca, tanto no repertório de Saulo que transitou por clássicos da Timbalada e Banda Eva, grupo onde ganhou projeção, até alguns clássicos de Edson Gomes, ícone do reggae em Salvador. Essa mistura levou o trio formado por Dona Olga e suas amigas, xarás que se chamam Telma. Uma é Paes e a outra Santana.

Olga disse que simplesmente parou de pagar para curtir blocos depois que Saulo passou a tocar sem cordas no Carnaval. E elas o acompanham onde ele for já que "o melhor do Carnaval só meu Saulinho gostoso faz", contou aos risos. Todas as três já passaram dos 60 anos, mas garantem que a energia é de menina. Era mais do que visível.  Fãs mirins (Foto: Vinícius Nascimento/CORREIO) Nem o problema que enfrentou em cima do trio, com um pequeno defeito na mesa de som, arrefeceu o calor das pessoas na Avenida. Enquanto a equipe técnica fazia as devidas correções, Saulo aproveitou para agradecer aos seus foliões pela presença e energia trocada na rua. O quarteto formado por Saymon Santana, Victor, Larissa e Morgana Krieger veio de cantos distintos da Bahia para se encontrar na capital baiana. Os objetivos são claros, segundo Morgana: curtir Saulo, Baiana System e a partir daí o que vier é lucro.

Catarinense radicada em Ilhéus, Morgana afirma que se pudesse dizer alguma coisa para Saulo seria um caloroso muito obrigado. E nessa troca de cortesias e afetos, a pipoca seguiu firme e forte. Cheia de cor e amor pra dar.

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