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Paulo Leandro
Publicado em 27 de julho de 2022 às 06:03
- Atualizado há um ano
Querida torcida baiense, exultai, nada de ficar borocoxô, não somos He-man, mas temos a força (axé)!
O Bahia deixou de trazer um pontinho de Minas, tomou 1x0 do Cruzeiro, mas não precisamos assumir um discurso derrotista de ficar com medo de sair do G4. Receberemos a visita do Náutico, sexta, e a Torcida Única vai fazer a sua parte.
O Vitória empatou com um time ameaçado de rebaixamento, e nós sabemos o quanto esta condição produz dificuldade. Vamos evitar ladainhas e cantilenas, e deletar estas pautas furadas de estatística (não valem nada porque na rodada seguinte o movimento da vida já mudou tudo).
Parecemos lamentadores de almas, em exercício de lamurismo – hábito de lamentar-se!
Apenas um tiquinho assim nos separa da classificação. O próximo visitante será o ABC, domingo. Se não passar na tevê, vamos botar mais de 30 mil na Casa de Deus.
Vamos lembrar do grande Gonzagão e cantar o Forró do ABC, para dar valor ao nosso querido Nordeste, onde dizemos fê e não efe, guê e não gê, entre outras letras, como lê, mê, nê, rê e si.
Estamos encerrando a melhor competição deste ano, incluindo a Champions e a Copa do Mundo de novembro: o Campeonato Baiano da Segunda Divisão.
Demos uma aula de como se cobra e defende pênalti, nem na Zoropa se vê tanta qualidade como nos nossos batedores e arqueiros super-heróis.
Subiram Jacobinense, da minha amada Chapada Diamantina, mais lá na parte de cima, e o Itabuna, revelador de craques, cuja tradição na região de Flori vem desde os irmãos Riela, octacampeões do Intermunicipal.
Valeu ter visto o Juazeiro, clube do distintivo da poesia, como Flori gosta, com um coraçãozinho rabiscado, além da volta do Jequié, a agremiação ensolarada, capaz de ter contribuído com o Bahia duas vezes em retas finais de campeonato da primeirona.
Em 1971, ao arrancar um empate sem gols contra o Vitória, forçou o Leão a se abrir, jogando pelo triunfo na finalíssima: o Bahia aproveitou-se de falha do goleiro Adilson, ao cometer pênalti, convertido para alegria da massa tricolor. Já em 1977, bastou 1x0 do Jequié sobre o Itabuna para garantir o título.
Na quartona, temos o Bahia de Feira e o Jacuipense ainda vivos, lamentando (aí é compreensível) a campanha do nosso bicampeão baiano do bicentenário da Independência, o Atlético de Alagoinhas.
Sabemos, no contra-ataque, o quanto três anos e lá vai de culto à ignorância, fome, gestão desmazelada de uma pandemia, incentivo a armamento e criminalidade, colhudas disseminadas à moda Goebbels, pode ter estimulado convívio fascista, a ponto de perdermos a esportiva em trocas de sopapos.
Até bomba em ônibus, sem os autores punidos, tivemos de aguentar, mas segue o baba, a vitória é certa para a Luz e o Bem!
Quem é veterano o suficiente para lembrar do desenho animado Lippy and Hardy, criado pelos cartunistas William Hanna e Joseph Barbera, levante o mouse.
Ao menor sinal de dificuldade a hiena Hardy Ha-Ha dizia, toda pessimista: oh dia, oh céus, oh azar! Já o leão Lippy, sempre otimista, tentava alegrar para tirar Hardy da bad trip (viagem ruim).
Não há motivos para sermos Hardy, vamos colar com Lippy, subir nossos clubes e conquistar a restauração civil no histórico dia 2 de outubro.
Paulo Leandro é jornalista e professor Doutor em Cultura e Sociedade.