Sem Conti, Bahia dobra média de gols sofridos e liga alerta

Sem o argentino em campo, tricolor sofreu nove dos 13 gols levados no Brasileirão

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  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 2 de julho de 2021 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

O início do Bahia no Campeonato Brasileiro pode ser considerado positivo. Com 11 pontos em oito jogos disputados, o tricolor tem brigado para se manter na parte de cima da tabela. Atualmente, é o nono colocado. Alívio para o time que, no ano passado, lutou nas últimas colocações e só livrou o risco do rebaixamento nas rodadas finais.

Apesar do maior equilíbrio na comparação com a temporada passada, tem um setor que acendeu o alerta na Cidade Tricolor: o sistema defensivo. Na derrota por 4x3 para o América-MG, na última quarta-feira (30), o Esquadrão sofreu quatro gols em casa pela segunda vez na temporada. Antes, o time tinha levado 4x2 para o Torque City, pela Copa Sul-Americana.

No Brasileirão, a quantidade de gols tomados tem chamado a atenção. O Bahia tem a segunda pior defesa do campeonato, com 13 gols sofridos em oito jogos. Uma média de 1,6 gols por rodada. Só fica na frente da Chapecoense, que levou 15.

Por isso, há o temor de que o clube repita a fase ruim de 2020, quando terminou como a terceira defesa mais vazada entre os 20 clubes da Série A, com 59 gols sofridos.

“Número expressivo o fato dos gols tomados. Quantitativo alto. Meu hábito é sempre isolar número com relação à forma que estamos tomando os gols. Nos preocupa. Importante entender como os gols aconteceram”, alertou o técnico Dado Cavalcanti.

Peça fundamental

Observando os números, é possível dizer que o desempenho da defesa passa diretamente pela presença do zagueiro Conti na equipe. Desde que estreou pelo Bahia, o argentino disputou 20 jogos. Nesse período, a equipe foi vazada pelos adversários 18 vezes, o que representa média de 0,9 gols por partida.

Já nos confrontos em que não pôde contar com Conti, o Bahia viu a sua média de gols sofridos dobrar. Levou oito gols em apenas quatro partidas. Considerando que o tento tomado na vitória por 2x1 sobre o Athletico-PR saiu quando Conti já havia sido substituído, foram nove gols em cinco partidas. Ou seja, 1,8 gol por jogo.

Para se ter uma ideia, dos 13 gols que o Esquadrão sofreu na Série A, nove foram durante a ausência do argentino. Para desespero dos tricolores, Conti ainda vai demorar um pouco mais para voltar aos gramados. Ele sofreu um estiramento na coxa e está em tratamento. Como já havia sofrido a mesma lesão no Benfica, a recuperação será um pouco mais cuidadosa. O prazo para o retorno é de duas semanas.

Até lá, Dado Cavalcanti vai quebrar a cabeça para escolher o parceiro de Juninho. Luiz Otávio, que iniciou o ano como titular, vinha sendo a primeira opção do treinador entre os reservas, mas as constantes falhas fizeram com o treinador decidisse mudar.

Diante do América, Lucas Fonseca foi o escolhido, mas deixou a desejar. Sem ritmo de jogo, o defensor falhou de forma direta em um dos gols do Coelho e comprometeu a atuação do sistema defensivo.

“O time toma gols, não a zaga. Assim como o Bahia faz gols, sofre gols. A ideia era fazer construção com passes curtos. São características bem diferentes de um jogador para outro. O Luiz tem passe longo, Lucas tem passe curto, entre linhas que poderia contribuir um pouco mais”, explicou Dado sobre ter escalado Lucas Fonseca.

Contra a Chapecoense, domingo (3), às 11h, na Arena Condá, em Chapecó, a tendência é de que Luiz Otávio volte a ser titular. Disputam a posição ainda o recém-contratado Ligger e o garoto Gustavo Henrique, promovido do time de transição após a disputa do Campeonato Baiano.