Sem máscaras, ladrões fingiram ser clientes para roubar joalheria em shopping

Cinco pessoas praticaram o roubo minutos depois do fechamento das lojas

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  • Yasmin Garrido

Publicado em 8 de agosto de 2018 às 13:26

- Atualizado há um ano

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Sem cobrir os rostos e cerca de 15 minutos após o fechamento do Shopping Barra. Foi dessa forma que cinco ladrões - três homens e duas mulheres - agiram para roubar objetos da joalheria Joyah, no terceiro piso do Shopping Barra, inaugurada há apenas três meses em Salvador. O crime aconteceu na noite de terça-feira (7) .

De acordo com a delegada titular da 14ª Delegacia (Barra), Carmen Dolores, já foram confirmadas cinco pessoas, que aparecem nas imagens do circuito interno do centro de compras. São três homens e duas mulheres, que não se preocuparam em esconder os rostos. Uma das mulheres já foi identificada e está sendo procurada pela polícia.

A delegada explicou que os suspeitos chegaram ao shopping de carro por volta das 21h40, estacionaram e entraram no centro de compras. Ela ainda acrescentou que o grupo ficou passeando até depois do fechamento das lojas, quando, às 22h15, entraram na joalheria. A ação durou apenas 15 minutos, segundo a delegada. Homens participaram da ação dentro do shopping (Foto: Divulgação/ Polícia Civil) Há ainda a suspeita de um sexto integrante da quadrilha, que aguardou o grupo no estacionamento do shopping. Depois da ação, os suspeitos fugiram pela Rua Miguel Burnier, na Barra. 

“Eles fazem de uma forma para que ninguém perceba a ação e as mulheres estavam segurando sacolas grandes de compras, se passando por clientes do shopping”, afirmou a delegada. Mulheres usaram sacolas para disfarçar ação de roubo  (Foto: Divulgação/Polícia Civil) Ela ainda disse que um dos integrantes ficou observando os seguranças do shopping, que estavam em ronda de rotina. As informações eram passadas por meio de aplicativo de mensagem aos demais membros da quadrilha.

Ainda segundo Dolores, pelo menos três integrantes do grupo são de fora do estado. Ela ainda afirmou que não há, por enquanto, identificação do veículo utilizado na ação.

As investigações apontam que, além de roubar peças de ouro e prata da vitrine, o grupo tentou abrir o cofre com a ajuda de um pé de cabra, o mesmo utilizado para arrombar a porta da loja, mas não conseguiu. 

A delegada também explicou que, em crimes como esse, o normal é que o material furtado seja revendido, repassado a receptadores. “Só há furto e roubo, porque há a figura do receptador”, disse.

As sócias da loja, que já prestaram depoimento e registraram a ocorrência na 14ª Delegacia (Barra), não quiseram falar com a imprensa. O marido de uma delas, que não se identificou, disse que a joalheria ainda não possuía alarme, por ter sido inaugurada há pouco tempo.

Para ele, todos confiavam na segurança do próprio shopping. Apesar disso, o marido ressaltou que pretende resolver a situação com o estabelecimento sem litígio, de maneira pacífica. No total, cinco pessoas participaram da ação; sexta pessoa está sendo investigada (Foto: Divulgação/SSP) O grupo vai responder por furto qualificado, com concurso de pessoas e mediante arrombamento. Ainda não se sabe a quantia levada pela quadrilha.

Em nota, a assessoria de comunicação do Shopping Barra afirmou que o crime está sendo investigado e que o centro de compras vai colaborar para que o fato seja esclarecido o mais rápido possível. Ainda no texto, o shopping reafirmou “o compromisso com a segurança dos clientes e lojistas”.

Em nota, a Polícia Militar informou que não foi acionada para atender essa ocorrência.

Qualquer informação sobre os suspeitos pode ser passada à Polícia Civil pelo 3116-6103. A identidade do denunciante é mantida em sigilo.

*com supervisão do chefe de reportagem Jorge Gauthier