Setor de serviços da Bahia cresce 0,5% de março para abril, diz IBGE

Volume das atividades de serviços ligadas ao turismo na Bahia recuou tanto em relação a março (-2,1%)

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  • Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2019 às 11:06

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Marina Silva/CORREIO

O volume do setor de serviços na Bahia teve variação positiva em abril (0,5%), frente a março, na série com ajuste sazonal, após dois recuos seguidos nessa comparação (-0,6% de janeiro para fevereiro e -2,2% de fevereiro para março). Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

O resultado ficou um pouco acima da média nacional (0,3%), num mês em que os serviços mostraram-se positivos em 19 dos dos 27 estados. Frente a março, o setor de serviços cresceu mais no Rio Grande do Sul (5,4%), Maranhão (4,3%) e Pará (3,3%). Por outro lado, Rondônia (-1,4%), Roraima (-1,9%) e Tocantins (-7,1%) apresentaram as maiores quedas.

Na comparação com o mesmo período de 2018, o volume dos serviços baianos também apresentou variação positiva em abril (0,1%). Apesar de bastante discreta, foi o melhor resultado para o mês, nesse confronto, desde abril de 2013, quando os serviços haviam crescido 9,9% no estado.

O desempenho da Bahia na comparação com abril do ano passado também ficou acima da média nacional (-0,7%) e acompanhou o movimento de alta registrado em apenas 7 dos 27 estados, com destaques positivos para Amazonas (5,2%), Sergipe (3,0%) e São Paulo (2,3%).

Com esses resultados, o setor de serviços na Bahia manteve uma também leve variação positiva (0,2%) no acumulado no ano de 2019, frente ao mesmo período do ano anterior. O resultado continua aquém da média nacional (0,6%), embora seja o melhor acumulado nos quatro primeiros meses do ano desde 2014, quando esse indicador havia ficado em 1,6%.

Já no acumulado nos 12 meses encerrados em abril, os serviços seguem com resultado negativo na Bahia (-1,3%), embora mostrando pequena desaceleração no ritmo de queda em relação aos 12 meses encerrados em março (-1,7%). No país como um todo, os serviços têm variação positiva (0,4%) nessa comparação.

A variação positiva no volume do setor de serviços baiano em abril frente ao mesmo mês de 2018 (0,1%) foi garantida pelo desempenho de duas das cinco atividades investigadas no estado: serviços profissionais, administrativos e complementares (3,9%) e transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (0,2%) - com contribuição bem maior da primeira do que da segunda.

Os dois segmentos mostram crescimentos seguidos desde fevereiro, ainda que com redução no ritmo de avanço.

Por outro lado, com quase dois anos de quedas consecutivas (recuando desde julho de 2017), os serviços de informação e comunicação (-2,8%) foram, mais uma vez, os que mais puxaram o setor de serviços baiano para baixo. O segmento já acumula perda de 5,1% em 2019.

Com quedas menores, os serviços prestados às famílias (-0,3%) e os outros serviços (-0,4%) também contribuíram para segurar o setor de serviços no estado, em abril.

Em abril, o volume das atividades de serviços ligadas ao turismo na Bahia recuou tanto em relação a março (-2,1%), na série com ajuste sazonal (que desconsidera, por exemplo, a Páscoa), quanto frente a abril de 2018 (-1,8%).

Ambos os resultados foram piores que a média nacional. Na comparação com março, as atividades turísticas recuaram 1,5% no país como um todo. Frente a abril do ano passado, não houve variação em nível nacional (0,0%).

Na comparação com março (-2,1%), as atividades turísticas na Bahia caíram menos do que nos demais estados do Nordeste onde elas são investigadas separadamente: Pernambuco (-3,5%) e Ceará (-4,9%).

Frente ao mesmo mês do ano passado, porém, o desempenho baiano (-1,8%) ficou aquém dos demais estados nordestinos. O Ceará teve o maior crescimento nessa comparação (5,3%), enquanto Pernambuco (-1,2%) recuou um pouco menos que a Bahia.

Com os resultados de abril, as atividades de serviço ligadas ao turismo seguem acumulando queda na Bahia, tanto no ano de 2019 (-0,6%) quanto nos 12 meses (-0,3%). Em ambos os casos, a média nacional está positiva: 2,7% e 3,1%, respectivamente.