Shows de É o Tchan e Simone & Simaria encerram Festival da Cidade e levam multidão a Periperi

Moradores de diversos bairros e até de outras cidades lotaram a Praça da Revolução em festa para o aniversário de Salvador

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  • Thais Borges

Publicado em 2 de abril de 2017 às 23:04

- Atualizado há um ano

Cerca de 70 mil pessoas foram à Praça da Revolução, segundo a Saltur (Foto: Almiro Lopes/CORREIO)Desceu gente de Periperi, veio gente de Cajazeiras, apareceram alguns de Itinga, de Fazenda Coutos, de Paripe e até de Amargosa, no Sudoeste do estado. No último dia da quinta edição do Festival da Cidade, o ‘parabéns’ para Salvador veio em grande estilo: com shows de É O Tchan e das irmãs Simone & Simaria, na Praça da Revolução, em Periperi, para cerca de 70 mil pessoas, de acordo com o presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Isaac Edington.

Moradora do bairro, a merendeira Sônia do Espírito Santo, 59 anos, estava ansiosa e animada ainda no início da noite deste domingo (2). “Eu só saio daqui quando acabar! Quero ver tudo”, comentou. Com ela, três gerações de sua família foram curtir a festa - até a bisneta, Sofye Maíra, 4, estava ansiosa para assistir às apresentações. “Ela já brincou no pula-pula e agora está aqui esperando para ver as Coleguinhas”, contou a vendedora Jacira Espírito Santo, 19, referindo-se às irmãs cantoras.Compadre Washington e Beto Jamaica comandam É o Tchan em Periperi (Foto: Almiro Lopes/CORREIO) EmpolgaçãoSó que o show do É o Tchan veio antes, logo por volta das 19h. Quando Beto Jamaica, Compadre Washington e companhia entraram no palco cantando o hit Bota a Cara no Sol, a decoradora Antônia Laurentino, 40, foi ao delírio. Moradora de Cajazeiras, ela conferiu as apresentações de Harmonia do Samba e Pablo no bairro, sábado. Desta vez, não escondia a animação. “Não fico cansada! Estou aqui de boa. Vou curtir até o final, quero cantar cada música”, garantiu ela.

A estudante Beatriz Victória, 14, chegou cedo para conseguir ficar na grade e ver as atrações da noite bem de perto. Saiu de Fazenda Coutos e chegou na praça às 15h. “Chorei para minha mãe me trazer, porque ela não gosta muito de shows. Mas está sendo ótimo, porque eles estão dando muita atenção à gente”, elogiou, enquanto o É o Tchan entregava um repertório cheio dos sucessos que marcaram a trajetória da banda.

Durante o show, três meninas subiram no palco para dançar com os músicos. Uma delas era a pequena Letícia, 10, que foi com a mãe, a dona de casa Ana Paula Matos, 43. Era a primeira vez que a menina via a banda ao vivo. “Achei ótimo ter o festival aqui, perto de casa, porque moro em Periperi mesmo. Eu já tinha ido em show deles, agora é a vez dela”, disse a mãe.As baianas Simone e Simaria antes de subirem ao palco (Foto: Almiro Lopes/CORREIO) ‘Lokura’

Letícia ainda queria ouvir Loka, a música que as Coleguinhas gravaram com a funkeira Anitta. Ela não era a única. A servidora pública Vanessa Cruz, 25, e as estudantes Rafaela Lima, 15, e Catiane Barbosa, 17, todas do Fã Clube Coleguinhas Salvador, também queriam ouvir e cantar o hit. “A gente vai até onde elas (Simone & Simaria) estiverem, porque elas são muito humildes. Não se deixaram deslumbrar pela fama”, analisou Rafaela, de Paripe. Vanessa, por sua vez, veio de Amargosa. “Cheguei aqui 13h, mas vale a pena”, avaliou.

O sentimento era o mesmo do estudante de Fisioterapia Fernando Santos, 20, que chegou na praça por volta de 12h, vindo de Itinga, em Lauro de Freitas. “Achei maravilhoso quando vi que elas estariam no Festival da Cidade. Elas só não podem deixar de cantar 126 Cabides”, exigia.As Coleguinhas agitam o público no Subúrbio (Foto: Almiro Lopes/CORREIO)Baianas de Uibaí, no Centro-Norte do estado, Simone & Simaria contaram que se sentem em casa em Salvador. “E esse povo daqui é muito lindo, carinhoso. Quando a gente chegou no aeroporto, já tinha gente esperando”, contou Simone. “A gente tem uma relação muito boa com nossos fãs, de dizer a verdade para eles mesmo”, completou Simaria. No repertório delas, não faltaram as músicas Meu Violão e o Nosso Cachorro, Quando o Mel é Bom, além do hit Deu Onda, de MCG15.

Os 468 anos da cidade foram comemorados ao longo de nove dias e com mais de 100 atrações em 27 pontos da cidade – entre shows, espetáculos teatrais, feiras, eventos esportivos e gastronômicos.