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Concentração aconteceu às 8h, em Nazaré
Da Redação
Publicado em 31 de janeiro de 2020 às 11:10
- Atualizado há um ano
Na manhã desta sexta-feira (31), trabalhadores da Construção Pesada, representados pelo Sintepav Bahia (Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial) realizaram um protesto para lutar em defesa do emprego, valorização da mão de obra local e das mulheres no mercado de trabalho. O objetivo é conseguir uma agenda de negociação com o Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon). A concentração ocorreu na Praça do Campo da Pólvora, em Nazaré, e em seguida os trabalhadores seguiram em caminhada em direção à Câmara de Vereadores de Salvador. A marcha reuniu centenas de desempregados do setor da construção, além de trabalhadores de obras como a 29 de Março, Consórcio Transoceânico, obras de terraplanagem e saneamento básico.
No ato, houve o lançamento da Campanha Salarial 2020, com data base em 1º de março e mote Resistir pelos Direitos, Salários e Democracia. Segundo o Sintepav, a Bahia tem hoje 11 mil trabalhadores, distribuídos em 112 obras e 182 empresas, responsáveis pela construção de parques eólicos e solares, terraplanagem, pavimentação, saneamento básico, estradas e rodagens, linhas de transmissão, portos, Ferrovia de Integração Oeste Leste (FIOL), rodovias e barragens.
Na manifestação, o presidente da forca sindical Bahia, Emerson Gomes, falou da importância de ir às ruas. "É importante ter essa unidade na nossa luta. Temos que garantir nossos direitos preservados, a reposição do mercado de trabalho. Estamos conscientes do nosso papel no desenvolvimento do estado. Somos conscientes de que também é através de nós que o país se desenvolve", declarou.
Ainda segundo ele, obras da construção pesada que investem milhões, como o Veículo Leve de Transporte (VLT); o Tramo 3 do Metrô e a construção da nova rodoviária de Salvador são fundamentais para o desenvolvimento do Brasil e da Bahia, e só nascem graças ao trabalho da categoria.
De acordo com o Sintepav, "o setor da construção tem alta capacidade de absorver mão de obra, sendo importante para reduzir o desemprego no estado". A categoria acrescentou ainda que "a Bahia é o estado com a maior taxa de desocupação, com 16,8% da sua população economicamente ativa desempregada no terceiro trimestre de 2019".
Confira as principais reivindicações: Reajuste salarial 6%; Cesta básica R$ 500,00; Horas extras 100% aos sábados, domingos e feriados; Saúde e segurança no trabalho; Manutenção do aviso prévio indenizado; Manutenção do contrato de experiência de 30 dias; PLR; Assistência médica