Sob comando de presidiário, facção movimentava R$ 2 milhões por mês

Operação policial conseguiu bloqueio de 32 contas e sequestro de imóvel no Imbuí

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  • Da Redação

Publicado em 9 de novembro de 2020 às 11:31

- Atualizado há um ano

. Crédito: Alberto Maraux/Divulgação/SSP

Parte de uma organização criminosa que movimentava R$ 2 milhões por mês foi desmontada pela Operação Ícaro, nesta segunda-feira (9). O principal alvo da operação foi o preso Fagner Souza da Silva, conhecido como Fal, fundador da facção Tropa do A, que agia em Salvador e Lauro de Freitas, na Região Metropolitana.

Fal está preso no Conjunto Penal de Lauro de Freitas, onde recebeu visita de equipes das polícias Civil e Militar e confirmou que continuava dando ordens para as ações criminosas, mesmo detido. Ao todo, quartorze mandados de prisão foram cumpridos contra integrantes da facção. Preso, Fal continuava comandando facção (Foto: Reprodução) Além de tráfico, roubos a bancos, porte ilegal de arma, homicídios e corrupção de menores, o grupo lavava dinheiro comprando imóveis e veículos. Um desses apartamentos, no edifício CItta, no Imbuí, foi comprado à vista. O imóvel teve sequestro judicial determinado a pedido da polícia, que localizou nele R$ 140 mil em dinheiro em um cofre e 50 celulares. Ao todo em toda ação, foram apreendidos R$ 300 mil em espécie, além de 300 kg de maconha, cocaína e crack, uma espingarda calibre 12, carregadores, munições, seis veículos, 55 celulares, um cofre e embalagens plásticas.

"Solicitamos e conseguimos, com apoio da Justiça e Ministério Público Estadual, o bloqueio de 32 contas bancárias. Através delas os criminosos faziam transferências e lavavam dinheiro", explica a titular da Coordenação de Narcóticos, delegada Andréa Ribeiro.

Entre os presos está o traficante baiano Carlos Augusto dos Santos Cruz Júnior, conhecido como Penga. que estava em Ribeirão Preto (SP). "Estamos diante de um grupo organizado, com ramificação em São Paulo. Na cidade de Ribeirão Preto prendemos um traficante baiano, responsável pelas remessas de armas e drogas para Salvador e RMS. Nosso efetivo estava monitorando essa facção há seis meses", destacou o diretor do Draco, delegado Marcelo Sansão.

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O comandante do CPR-Central, coronel Paulo Coutinho, disse que o patrulhamento continuará intensificado no bairro de Sussuarana, região em que o tráfico é comandado pelo grupo criminoso. "O cerco está fechado contra esta facção. A população pode ajudar denunciando", diz.

A Operação Ícaro foi conduzida pelo Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) e Comando de Policiamento Regional (CPR) Central, com apoio da Superintendência de Inteligência da SSP. Participaram da operação equipes do Draco, CPR-Central, COE, Rondesp Central, Polinter, 48ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), Departamento de Polícia Técnica e MPE.