Sociabilidade, inclusão, representatividade e caminhos no mundo dos games

Ana Antar encerra o projeto Quanta ao Vivo, segunda (22), às 21h, no Instagram do CORREIO

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  • Da Redação

Publicado em 19 de março de 2021 às 06:00

- Atualizado há um ano

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Ana Antar atual desenvolvendo games (Foto:divulgação) Inteiramente  comprometida com as medidas de proteção contra a covid-19, a coluna chega à última semana do QuantA ao Vivo 2021, que acontece, exclusivamente, em espaço virtual. Será a terceira conversa e, desta vez, vamos falar sobre o fantástico universo dos games. Como administrar tempo de tela? Jogos violentos formam pessoas violentas? Qual a diferença entre jogos "AAA" e "indie"? Como acessar jogos da cena independente? Quais são as possibilidades de carreira, no ambiente dos games? Como conceitos de representatividade e inclusão são postos em prática nos jogos? Há uma sociabilidade lúdica e virtual salvando pessoas, na pandemia?

Desta vez, a especialista é Ana Antar. Baiana de Cachoeira, descobriu, ainda criança, que os jogos são, também, conexão e comunicação, sejam eles cênicos, analógicos ou digitais. Hoje, passa a maior parte do tempo livre jogando, lendo e vendo séries. Durante a pandemia, descobriu os doramas (dramas televisivos em língua japonesa realizados pela televisão do Japão), o que considera um “caminho sem volta”.

Ana começou a carreira no teatro, ainda na adolescência, passando pelas áreas técnica e artística. A gradução foi em direção teatral, onde iniciou pesquisa sobre a interseção entre jogos digitais e teatro. O espetáculo de formatura foi o embrião do que viria a se tornar um novo gênero de jogo. 

Nunca pensou em virar desenvolvedora de jogos, mas é isso que ela (também) é. Uma profissão que nasceu, quase espontaneamente, quando começou a desenvolver jogos nos quais os jogadores controlam pessoas (atores) em vez de personagens digitais. Esse gênero, inédito no mundo, foi batizado de Live Game.

A partir do contato com o mundo do desenvolvimento de jogos, começou a integrar coletivos como Bahia Indie Game Developer (BIND), coletivo de desenvolvedores de jogos da Bahia. Em seguida, se tornou organizadora da Women Game Jam, que é a maior maratona de desenvolvimento de jogos da América Latina voltada para mulheres (cis e trans) e pessoas não binárias. 

Ana também apresenta, em seu canal no YouTube, o programa semanal Ô de Casa, onde traz desenvolvedores, profissionais de saúde mental e pesquisadores para falar do desenvolvimento de jogos e das questões sociais ligadas à indústria, comunidade e jogos digitais. 

Atualmente, encara um novo desafio: será a atriz jogável da nova edição do seu jogo ES:CA:PE, que teve a primeira versão lançada em 2016 e mais quatro versões ao longo dos últimos cinco anos. ES:CA:PE Sofia Edition está com lançamento confirmado no próximo dia 27, na Twitch.TV. Nesse caso, estar nas telas foi uma demanda nascida dos limites da pandemia. Uma solução criativa diante da necessidade de reduzir a equipe e trabalhar de forma remota, para que sejam respeitadas todas as medidas de segurança. O papo começa às 21h e só dura uma hora. Não se atrase.