“Somos gratos à participação de tanta gente na história do nosso estado”, diz arcebispo

Dom Sergio da Rocha celebrou Santa Missa pelo aniversário da Independência do Brasil na Bahia

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  • Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2021 às 19:33

- Atualizado há um ano

. Crédito: Nara Gentil/CORREIO

Em mais um ano de celebração à Independência do Brasil na Bahia, nesta sexta (2), o Cardeal Dom Sergio da Rocha, em Santa Missa, atentou para o reconhecimento de Deus como condutor da história e para a gratidão dos homens pela participação nela, na Catedral Basílica de Salvador (Terreiro de Jesus). O evento está disponível no canal da Arquidiocese de Salvador no Youtube.

“Nós estamos bendizendo a Deus nesta eucaristia de Dois de Julho porque reconhecemos que Deus é o senhor da história. Ele que nos conduz. Mas ao mesmo tempo, reconhecemos com gratidão a participação de tanta gente na história do nosso povo, da nossa cidade, do nosso estado da Bahia. Olhamos não só para aqueles que contribuíram no passado, mas também para os heróis e heroínas anônimos de hoje, que se dedicam aos doentes e aos mais pobres e fragilizados. A eles, nós queremos agradecer e homenagear nessa ocasião”, disse o Cardeal.

Por ser a primeira sexta-feira do mês, dia dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, participaram da Santa Missa membros do Apostolado da Oração, representando as paróquias da Arquidiocese de Salvador. Para evitar a disseminação do coronavírus, a missa teve número reduzido de pessoas, com a capacidade máxima de 100 fiéis.

Membro do grupo pontifício, Lucidalva Souza diz que compareceu ao local hoje para rezar e oferecer agradecimentos pela humanidade. “Este mês estamos realizando pelos jovens que estão se preparando para o casamento, mas, neste Dois de Julho, nosso grupo foi convidado para celebrar junto com nossa fé”, afirmou.

Catedral Localizada no coração do Centro Histórico, a Catedral Basílica é uma das mais importantes construções sacras do período colonial e uma das mais importantes do Brasil. Datado do século XVII, o templo é o quarto erguido no mesmo local, como parte do Colégio dos Jesuítas, pelo então governador-geral Mem de Sá, cujos restos mortais estão próximos ao altar-mor.

Segundo a Arquidiocese, a história deste templo se entrelaça com o início do trabalho de evangelização desenvolvido pelos jesuítas em terras baianas. O atual templo possui a fachada em pedras de lioz, importadas de Portugal, muito diferente da primeira igreja erguida, no mesmo local, construída com telhados de palhas e paredes de taipa.

A pedra fundamental da Catedral Basílica de Salvador foi lançada em 1657. A planta do templo é inspirada na Igreja do Espírito Santo de Évora e possui a nave central e altares laterais que se interligam. Da Praça do Terreiro de Jesus, os fiéis que voltam o olhar para a fachada do templo contemplam as imagens de Santo Inácio de Loyola (fundador da Companhia de Jesus), São Borja e São Francisco Xavier (padroeiro de Salvador).

Na nave central, ao olhar para o teto, o fiel se depara com um medalhão, que é o símbolo da Companhia de Jesus, com as iniciais IHS (Iesus Homini Salvatore – Jesus Salvador dos Homens), de onde saem raios que apontam para todo o teto, onde estão representados os quatro evangelistas: Mateus, Lucas, Marcos e João, nas figuras do homem ou anjo, touro, leão e águia.