Startup baiana oferece soluções para quem trabalha com alimentação

O empresário Alexandre Powell conta como suas experiências agregaram no negócio

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  • Carmen Vasconcelos

Publicado em 15 de julho de 2021 às 00:53

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

Quando ouvia que alguns dos maiores empreendedores do mundo trabalhavam incansáveis até ver seus negócios caminhando, o empresário Alexandre Powell achava tudo muito exagerado e resultado de uma publicização daquela personalidade. Quando largou suas experiências como executivo de empresas grandes e multinacionais para abraçar o sonho de criar uma startup capaz de ligar os produtores de alimentos, bares, delicatessens, restaurantes, chefs de cozinha e o consumidor final, ele percebeu que ficar seis meses sem comer direito, sem cortar o cabelo e com dúvidas sobre estar ou não no caminho certo era um passo normal na vida de um empreendedor.

Nessa quarta-feira (14), o CEO da startup Chef2Chef foi o convidado de Flávia Paixão para o programa ao vivo Empregos e Soluções, na página do Jornal Correio, no Instagram, e fez questão de reforçar que todo o empreendedor precisa estar baseado em cinco pilares para começar o negócio: a possibilidade de solucionar um problema coletivo, que o negócio possa ser reproduzido em escala; dinheiro para tocar o projeto, uma boa equipe de trabalho e o apoio familiar para dar o suporte psíquico e emocional que esse tipo de empreitada exige. “Falo da família porque, em muitos momentos, é ela que impede que você desista e te dá o incentivo para continuar”, completou. Alexandre Powell foi o entrevistado de Flávia Paixão e falou sobre os desafio de empreender (Foto: Reprodução) Durante a conversa com a consultora e especialista em pequenos negócios, Flávia Paixão, Alexandre fez questão de remontar um pouco da sua trajetória profissional, desde os 23 anos, quando foi morar nos Estados Unidos durante quase um ano, com muita disposição e nenhuma experiência. “A experiência ocorreu em 2001 e os atentados do 11 de setembro terminaram precipitando meu retorno”, contou. 

Experiências fortalecedoras Ele fez questão também de falar sobre a experiência que viveu como executivo em Angola, de 2015 a 2018. “Dessa vez, estava com toda minha família, mas as dificuldades eram surreais e, nesse intervalo, tive malária duas vezes e febre tifoide. Foram experiências complementares viver num local de muita pobreza e num dos países mais ricos do mundo”, disse o empreendedor.

Antes mesmo da pandemia, deu início a um projeto profissional que visava criar um selo de qualidade pautado em critérios técnicos e quantitativos. “O projeto estava viabilizado para ser iniciado em março de 2020, quando a pandemia começou e a ideia pareceu descabida diante do encerramento de atividades de tantos restaurantes e bares”, recordou.

O quadro desanimador e a vontade de ajudar pessoas fez com que Alexandre disponibilizasse consultoria para os pequenos empreendedores que se viram perdidos diante das medidas sanitárias de fechamento. “Tentei ajudar através das redes sociais e, como todos, achava que era algo que duraria, no máximo, três meses”, lembrou. 

Nascia ali a ideia de criar o Chef2Chef: uma proposta que nascia diante do que ele percebeu que havia de gargalos na atuação de empreendedores nessa área, especialmente os pequenos e micros que atuavam na produção de preparos como caldos, petiscos e sobremesas. 

Plataforma “Ao invés de precisar fazer cotação em diversos locais, os proprietários de estabelecimento poderiam fazer cotação num único local. Os produtores, por sua vez, poderiam expor seus produtos sem a preocupação de criação de uma estrutura de venda e marketing digital”, explicou Alexandre. Ele percebeu também que os estabelecimentos podem comprar através de uma carteira de crédito ou de outras formas de pagamento e que isso respondia a dificuldade de crédito enfrentada por esses empresários.  Alexandre abordou as estratégias desenvolvidas para conseguir responder às demandas criadas ao longo dos diversos momentos da pandemia (Foto: Reprodução) O próximo passo é o desenvolvimento do Chef to home, onde os chefs de cozinha podem comercializar kits de comida pré-pronta diretamente para o consumidor final. “Dessa forma conseguimos fechar a cadeia inteira, afinal, durante a pandemia, as pessoas passaram a cozinhar mais em casa”, destacou.  Alexandre fez questão de ressaltar que, atualmente, tem 50 estabelecimentos e 50 produtores cadastrados e que isso é desarmônico porque o ideal é que haja uma tração maior de clientes para que o processo funcione melhor. “Esse é um dos nossos desafios: ampliar esse cenário para que os clientes possam ter a possibilidade e a disponibilidade de escolher”, completou. 

Quem tiver interessado em conhecer mais a proposta da marketing place, vale a pena dar uma navegada na plataforma www.chef2chef.com.br.

O programa Empregos e Soluções ao vivo é apresentado todas as quartas-feiras, sempre às 18 horas, na página do Jornal Correio, no Instagram.