Startup baiana vai participar da Brazil Conference 2019

A Aqualuz que usar prêmio de R$ 75 mil para ampliar sistema que limpa a água com a radiação solar

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  • Carmen Vasconcelos

Publicado em 9 de março de 2019 às 13:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Divulgação

Nos próximos meses, a startup baiana Safe Drinking Water For All  (SDW) , através do projeto  Aqualuz, vai implantar 50 unidades do sistema de purificação de água em municípios de Alagoas (AL) e Rio Grande do Norte (RN), além dos protótipos que já funcionam na Bahia (Feira de Santana e Valente) e o no Ceará. O grupo – formado pelos universitários Anna Luísa Beserra, de Universidade Federal da Bahia, da área de Biotecnologia; Marcela Sepreny e Letícia Nunes, de Engenharia Ambiental, e o estudante de Ciência da Computação Lucas Ayres – também vai participar do Academic Working Capital (AWC), iniciativa de empreendedorismo universitário do Instituto TIM, e foi selecionado para participar do Brazil Conference 2019 nos EUA.

 Essa é a primeira vez que projetos da AWC serão apresentados fora do Brasil para uma banca de jurados formada pelos principais nomes do mercado de fundos de investimento e capital de risco do mundo. O vencedor da disputa entre as startups selecionadas ganhará um prêmio de R$ 75 mil para o desenvolvimento do projeto, o segundo lugar será recompensado com R$ 25 mil. Até a final em abril, as equipes receberão treinamento e mentoria de investidores, empresários e alunos do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e da Universidade de Harvard.

“Ter três projetos do Academic Working Capital como finalistas da competição é um reconhecimento do trabalho que o Instituto TIM faz há cinco anos para estimular a criatividade e o empreendedorismo de jovens talentos brasileiros. Sentimos muito orgulho de poder levar o trabalho dessas startups para fora do território nacional”, destaca Mario Girasole, presidente do Instituto TIM.

“Queremos impulsionar cada vez mais as ideias inovadoras e startups focadas em desenvolver soluções que terão impacto real no dia a dia das pessoas”, afirma Diogo Dutra, coordenador do projeto AWC, do Instituto TIM. O mecanismo criado pela startup baiana usa a radiação do sol para promover a desinfecção de água, podendo tratar 15 litros em duas horas de uso. (Foto: Divulgação) Aqualuz

De acordo com Anna, a oportunidade de participação no AWC tem aberto possibilidades importantes para o grupo da SDW, inclusive na atração de novos clientes.

A equipe Aqualuz desenvolveu um sistema mecatrônico de filtragem baseado em luz solar, com o propósito de ajudar a resolver um dos maiores problemas de acesso à água potável que afeta a região do semiárido. 

“Hoje, temos dez unidades em funcionamento desse dispositivo que possibilita desinfectar água por meio da radiação solar, estamos ampliando e queremos expandir mais, possibilitando dar água tratada de modo rápido, eficiente e barato, sobretudo, para aquelas populações do semi-árido”, afirma universitária.

Ela ressalta que atualmente o tratamento pode ser feito em reservatórios de 15 litros, que demoram cerca de 2 horas para serem desinfectados. “Conseguimos gerar de dois a três ciclos por dia”, garante Anna.

 Estão na disputa o Helidrop e NextCam. O primeiro trabalha com o nicho de defensivos agrícolas e desenvolveu um equipamento e um modelo de negócio que oferece pulverização. O equipamento utilizado é um VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado), com alta capacidade de carga para melhorar o combate às pragas.

Já a NextCam observou que o setor da construção civil apresenta alguns problemas relacionados à segurança do trabalho e, pensando nisso, desenvolveu uma tecnologia que tem como base a inteligência artificial, utilizada para identificar riscos e realizar ações preventivas em cada etapa da obra. Câmeras com indicadores realizam esse monitoramento.  A perspectiva de participar do Academic Working Capital (AWC) abriu novas possibilidades de negócios para equipe baiana que se prepara para levar o equipamento para dois novos estados do Nordeste brasileiro (foto: Divulgação)