Storm: rodamos na versão aventureira da Ford Ranger

Picape tem pneus de uso misto e 200 cv de potência para enfrentar desafios. Confira também a avaliação em vídeo

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  • Antônio Meira Jr.

Publicado em 7 de janeiro de 2022 às 08:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Antônio Meira Jr./ CORREIO
A posição de guiar é muito boa e o ar-condicionado é de dupla zona, mas sem saída traseira por Foto: Ford

O mercado de picapes médias, um dos mais acirrados, é relativamente pequeno em opções: apenas seis modelos são oferecidos. Por isso, os fabricantes multiplicam as configurações dos seus produtos para atender o maior número possível de demandas.

A Ford, por exemplo, oferece oito versões diferentes para a Ranger. Nesse portfólio inclui tração 4x2 ou 4x4, cabine simples ou dupla e duas opções de motor, sempre a diesel. De 2020 para cá, o fabricante lançou dois produtos extremos: a Black, para atender um público que roda mais na cidade em estradas pavimentadas, e a Storm, com uma pegada mais arrojada. Enquanto a primeira é equipada com motor 2.2 litros e tração 4x2, a segunda é 4x4 e utiliza o propulsor 3.2 litros. Dê play e confira a avaliação da Ranger Storm A Storm é um veículo todo-terreno, que além da robustez da mecânica entrega um aspecto visual aventureiro. Os diferenciais são grade dianteira, faixas no capô e nas laterais, alargadores de para-lamas, estribos, rodas (de 17 polegadas) e santantônio, todos na cor preta. Na traseira, as lanternas possuem lentes escurecidas. 

Com base na configuração XLS, o utilitário tem transmissão automática, diferencial traseiro blocante e motor Duratorq 3.2 turbodiesel de cinco cilindros que rende 200 cv de potência e 47,9 kgfm de torque. O consumo médio da Ranger com esse conjunto motriz foi de 8,5 km/l na cidade e 11 km/l em rodovias.

A picape foi avaliada em diversas situações, desde o uso urbano em Salvador, onde a direção elétrica facilita bastante a vida do motorista,  até em viagens pelo interior do estado - onde a robustez da suspensão é exigida. 

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Vale destacar que a capacidade para atravessar trechos alagados é de 80 centímetros e que os sete airbags são de série. O acesso à caçamba é prático graças à introdução de uma mola que aliviou o peso da tampa de 12 kg para 3 kg. Os pneus, fornecidos pela Pirelli, ofereceram ótima aderência em piso de cascalho, mesmo com apenas tração na traseira.

Não gostei do acabamento dos bancos, que são forrados em tecido. O material utilizado poderia ser melhor, mas o ideal mesmo é que a empresa adotasse uma forração em couro. Ficaria melhor para a proposta da picape, evitando a entrada de poeira e água, afinal, é um veículo com proposta aventureira.

Ainda nessa linha, seria interessante a disponibilização de um mapa nativo na central multimídia - algo que a Ford oferece nas versões XLT e Limited.

Na linha 2022 a Storm é conectada, por isso, várias funções podem ser comandadas via aplicativo, como a partida - que pode ser realizada remotamente e com isso climatizar a cabine. Esse sistema, o FordPass, permite ainda verificar a autonomia do combustível e saber a localização do veículo.

Mercado A Ranger Storm custa R$ 246.190 e concorre diretamente com a Nissan Frontier Attack (R$ 252.390) e a recém-lançada Chevrolet S10 Z71 (R$ 264.230), o modelo da Ford conta com cinco anos de garantia contra três dessas rivais. 

A Ford já anunciou que a nova geração da picape chegará ao mercado em 2023, a Nissan irá atualizar a Frontier neste ano e a S10 deverá ganhar uma nova geração em, no máximo, mais dois anos. O santantônio tubular é exclusivo dessa versão, que tem capacidade para 1.040 kg de carga (Foto: Antônio Meira Jr./ CORREIO) Na Bahia, o mercado de picapes médias é liderado pela Toyota Hilux, que teve 2.067 unidades emplacadas entre janeiro e dezembro de 2021 - vale destacar que o fabricante japonês deixou de oferecer em novembro a motorização flex. A Ranger (1.271) é segunda mais vendida no estado e S10 (1.105), a terceira.