Strada automática: avaliação revela os pontos positivos e negativos

Utilitário com caçamba mais vendido no país só tem transmissão automática em suas versões mais caras. Confira o vídeo da Ranch, que custa R$ 122.490

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  • Antônio Meira Jr.

Publicado em 16 de maio de 2022 às 14:00

. Crédito: Foto: Antônio Meira Jr./CORREIO
A cabine tem acabamento em couro, central multimídia e quatro airbags

Lançada em 2020, a nova geração da Strada se tornou um sucesso comercial rapidamente. No ano passado, foi o veículo de quatro rodas mais emplacado na Bahia e no Brasil. E, apesar da alta demanda por carros automáticos, a picape da Fiat só recebeu esse tipo de transmissão nas últimas semanas de 2021.

No entanto, um dos itens mais desejados pelo motorista é restrito às duas opções mais caras da picape: Volcano (R$ 117.490) e Ranch (R$ 122.490). Essa última, a mais equipada, foi avaliada pelo CORREIO. Dê play e confira a avaliação em vídeo da Strada Ranch O utilitário encanta por algumas soluções, como a leveza da tampa da caçamba, mas peca no espaço para quem viaja no banco traseiro.

E a lista de erros e acertos segue: a suspensão, por exemplo, continua com o eixo em formato de ômega, o que permite uma altura maior do solo. Mas também é composta por feixes de mola, o que deixa a picape pouco confortável quando está descarregada.

Pelo preço da configuração Ranch a Fiat poderia entregar mais tecnologia. Não há partida por botão, ar-condicionado digital e acionamento automático dos faróis.

Outro ponto que deveria ter mais atenção do fabricante é a iluminação da cabine: há apenas uma luz interna, na dianteira. Com o acabamento preto do teto ela é pouco eficiente.

Trem de força A transmissão automática é do tipo CVT, fornecida pela japonesa Aisin. Ajustada para simular sete velocidades, ela é associada exclusivamente ao propulsor 1.3 litro aspirado. Esse motor rende 98 cv de potência com gasolina e 107 cv quando abastecido com etanol, sempre aos 6.250 rpm. O torque máximo, obtido aos 4 mil giros, é de 13,2 kgfm com gasolina e 13,7 kgfm com etanol.

A engenharia fez um bom trabalho nesse conjunto, que é competente para movimentar os 1.235 kg da picape vazia. É claro que mais potência seria bem-vinda, afinal, quando totalmente carregada, a Strada Ranch chega aos 1.835 kg.

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Para quem gosta de uma tocada mais forte, é possível fazer mudanças manuais na alavanca ou por paddle shifts. Além disso, há uma opção Sport, que deixa o acelerador mais sensível, a assistência elétrica da direção é enrijecida e o câmbio adota relações de marcha mais curtas.

Para quem vai utilizar a Strada em pisos de baixa aderência, a dica é ativa a tecla TC+, sigla para controle de tração plus. Assim, quando os sensores do freio ABS percebem uma roda girando em falso, aplica-se freio nela para enviar toda a força para a outra roda, que pode ter aderência. Funciona quando você roda a até 65 km/h.

Em relação ao consumo, na nossa avaliação na Bahia, usando apenas etanol, a média urbana foi de 7,8 km/l. Na estrada, o consumo ficou em 11,6 km/l.

Considerações A grife Ranch na Toro entrega o máximo, enquanto na Strada deixa a desejar. Esperava mais da picape compacta em relação à entrega de equipamentos.

No entanto, se você está disposto a colocar uma Strada Ranch na sua garagem e tem propriedade rural ou empresa, procure o departamento de vendas diretas da concessionária. Há uma política de descontos atrativa para essas categorias.