Suposta jurista Cátia Raulino vai ser ouvida pela polícia na próxima quarta, diz defesa

O depoimento foi marcado após a Polícia Civil não a ter encontrado em nenhum dos endereços vinculados a ela

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  • Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2020 às 18:48

- Atualizado há um ano

. Crédito: Rerpodução

A suposta jurista Cátia Regina Raulino, 35 anos, vai comparecer a uma oitiva na próxima quarta-feira (26) na 9ª Delegacia Territorial, que fica na Boca do Rio, segundo o seu advogado Fabiano Pimentel. De acorod com a defesa, a acusada vai testemunhar mesmo sem ter recebido uma intimação.

O depoimento foi marcado após a Polícia Civil não ter encontrado Cátia em nenhum dos endereços vinculados a ela. A defesa afirma ter entrado em contato com o delegado chefe da 9ª Delegacia Territorial, Antônio Carlos Magalhães Santos, após sites terem publicado o sumiço da sua cliente. “Ela está a disposição da polícia e disposta a esclarecer os fatos. Não teve sumiço, ela poderia estar fora de casa no momento em que a polícia esteve no local”, afirmou.

O advogado disse ainda que Cátia vai provar ser inocente das acusações de plágio e de ter exercido função ilegal como advogada. “Ela vai levar todos os documentos e informações para esclarecer os fatos, dentre eles, documentos que comprovam a realização dos cursos [que constam no currículo]”, completou Pimentel.

O delegado Antônio Carlos Magalhães Santos afirmou que Cátia não reside nos endereços cadastrados no banco de dados da polícia já que se tratam de dois endereços comerciais. O responsável pelo caso não confirma a realização da oitiva na próxima quarta, mas garante que a suposta jurista deve se apresentar na delegacia na semana que vem. 

Cátia atuava como professora em diversas faculdades particulares de Salvador e chegou a ser coordenadora do curso de Direito da Faculdade Ruy Barbosa (agora Uniruy). O CORREIO procurou as instituições onde Cátia diz ter se formado e nenhuma encontrou os diplomas no banco de dados. A Uniruy, a Unifacs, a Maurício de Nassau, a Ucsal, o Cejas e a Unijorge declararam que Cátia não faz mais parte do corpo técnico das instituições.

Segundo o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), pelo menos, três processos contra Cátia tramitam na Justiça. Dois se referem a denúncias de suposta prática de exercício ilegal da advocacia, que foram encaminhadas ao Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), no último dia 26 de junho, e solicitou instauração de inquérito policial para apurar o caso. O outro se refere a suposto crime de plágio, encaminhado por Lorena, no último dia 14 de agosto. 

*Com orientação da subeditroa Clarissa Pacheco