Suspeito de matar turista em trilha no Rio é preso em clínica

Crime aconteceu em novembro, em Arraial do Cabo. Suspeito nega

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  • Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2018 às 14:34

- Atualizado há um ano

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O suspeito de matar uma turista no Rio de Janeiro foi preso nesta sexta-feira (14) em um local próximo a São Carlos, interior de São Paulo. Matheus Agusto da Silva afirmou que não conhecia a vítima e disse ser inocente. A catarinense Fabiane Fernandes, de 32 ano, foi achada morta em uma trilha de Arraial do Cabo, em novembro deste ano. A informação é do G1.

“Eu gostaria de deixar o tempo mostrar a hora que sair o resultado dos exames (de DNA) para mostrar realmente que sou inocente dessas acusações e a minha vida voltar a ser normal de novo”, disse Matheus, levado à Delegacia de Investigações Gerais (DIG) hoje. (Foto: Reproduçaõ) O suspeito afirmou que realmente estava na época do crime em Arraial, perto do local onde o corpo da empresária de Florianópolis foi achado. “Estava com um rapaz que é hippie, ele estava fazendo os artesanatos e eu aprendendo com ele. Estava acampando na barraca, próximo onde ela morreu, em um lugar bem perigoso próximo à Favela da Coca-Cola. Eu nunca vi, nem sei nem que era. Só fui ver ela na televisão”, garante ele, em vídeo gravado para o G1.

Matheus, que é de São Carlos, disse que deixou Arraial para voltar à cidade paulista não para fugir, mas porque sua mãe estava deprimida e precisava do seu retorno. Eu estava com um tablet, por coincidência eu consegui sinal de internet de graça depois do outro dia que essa moça veio a óbito. Eu tive que vender o tablet em São Paulo para conseguir passagem”, diz.

Testemunha O suspeito foi preso em uma clínica de reabilitação psiquiátrica a 48 km de São Carlos, cumprindo mandado de prisão temporária de 30 dias. O delegado Michel Floroschk, que investiga o caso no Rio, diz que uma testemunha reconheceu Matheus "como sendo a pessoa que violentou e depois matou a turista". Ele deve responder por estupro e homicídio. "O que a gente pôde perceber é que nos antebraços dele há marcas de unha, o que nos leva a crer que houve uma luta corporal com a vítima", explica o delegado.

A mãe de Matheus diz que o filho tem transtorno bipolar e que ficou sem ter contato com ele por mais de um mês. Ela, que prefere não ser identificada, contou ao G1 que o filho foi para Campinas e de lá, após conhecer um hippie, seguiu para o Rio. Um mês depois, ligou pedindo dinheiro para voltar para casa. Ela ficou desesperada com a prisão de Matheus. 

À polícia, Matheus contou que teve um problema amoroso com uma pessoa e por isso preferiu deixar São Carlos e ir para a casa de um parente em Campinas. "Por meio desse parente ele conheceu um hippie, que foi fazer artesanato em Arraial do Cabo. Lá eles acampavam. Questionado sobre o crime, ele disse que estava lá na época, mas a princípio ele negou o crime", diz o delegado do DIG, Gilberto de Aquino. "Em um primeiro momento, parece uma pessoa atormentada, que não tem muito discernimento. Agora a gente vai precisar um exame de sanidade mental dele para esclarecer a característica psicológica dele".Vítima Fabiana desapareceu em 17 de novembro, quando saiu do hotel em que estava para fazer a trilha no Morro da Cabocla, na Prainha. Ela passava o feriado prolongado na região. O corpo foi achado, sem roupas e com lesões na cabeça, três dias depois, em uma busca que contou com ajuda de cães farejadores. Exames mostraram que a turista teve todos os ossos da face quebrados e a causa da morte foi traumatismo cranioencefálico.  (Foto: Reprodução) Um vídeo de uma loja de conveniência registrou a última imagem de Fabiane, lanchando no local antes de seguir para a trilha. Ela tomou café e lanche no local dois dias seguidos antes de desaparecer e contou a funcionários que estava sozinha na cidade para fazer trilhas.

Fabiane administrava uma pousada na Praia dos Ingleses. Ela deixou um filho de 9 anos - além disso, também era responsável pela mãe, que é doente.