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Ivan Dias Marques
Publicado em 23 de julho de 2019 às 05:00
- Atualizado há um ano
O Pan-Americano de Lima será a primeira competição esportiva - entenda-se com uma gama de esportes - que o Brasil verá e competirá após os Jogos Olímpicos do Rio-2016. A curiosidade é para saber como será a relação dos brasileiros com seus atletas, já que, por enquanto, não há empolgação com a competição.
Em Lima, o Brasil terá uma delegação menor que Toronto-2015, onde conseguimos o brilhante 3º lugar no quadro geral de medalhas, algo que não era conquistado desde 1967. O grande desfalque será nos esportes coletivos, em que o país participará de menos da metade dos oferecidos.
Estaremos de fora, por exemplo, do basquete masculino, do futebol masculino e feminino (este mais pelo regulamento esdrúxulo da Copa América do que por incompetência), rúgbi sevens e beisebol.
O basquete masculino e o futebol masculino, representado pela seleção sub-20, são as maiores vergonhas, pois estavam em competições classificatórias em que o Brasil, por sua tradição e adversários, tinha obrigação de ter uma boa performance.
De qualquer forma, o custo/medalha para o Comitê Olímpico do Brasil diminui, o que é importante em dias de vacas magras e com o fim do Ministério do Esporte e de algumas políticas de incentivo à base e aos atletas de ponta.
Os esportes coletivos possuem grandes delegações, mas contribuem com apenas uma medalha no quadro, mesmo número dos esportes individuais.
Em alguns esportes, o Pan serve de ótimo parâmetro. No BMX feminino, as melhores atletas do mundo são das Américas e a competição terá um índice bastante alto. Em algumas categorias do judô, os rivais de Argentina, Canadá, EUA e Cuba são dos melhores do mundo, assim como no boxe e no tiro com arco.
Serão 14 esportes com classificação direta para Tóquio-2020, incluindo aí alguns em que o Brasil tem boas esperanças no Japão, como o tênis de mesa (Hugo Calderano), vela (na Laser), hipismo e handebol.
Em outros esportes, como atletismo, badminton, levantamento de peso e caratê, o Pan de Lima servirá para dar pontos no ranking mundial, que serve como classificatório para Tóquio. No caso da natação e do atletismo, os índices olímpicos alcançados também valerão.
Para os baianos, o Pan será muito bom de ser acompanhado. Temos atletas que brigarão pelo pódio e pelo ouro na canoagem, na maratona aquática, no boxe, na natação e na vela, além de outros que podem surpreender. Alguns dos nossos melhores representantes da atualidade, como Isaquias Queiroz, Erlon Souza, Ana Marcela Cunha e Breno Correia, estarão competindo, além de termos atletas em esportes coletivos (basquete feminino e vôlei masculino).
Fenômeno Por falar em Ana Marcela, que fenômeno essa mulher é! Aos 27 anos - apenas - já é tetracampeã mundial dos 25 km na maratona aquática, além de ter vencido também os 5 km. Terá um ano para se preparar para os 10 km, prova olímpica da modalidade. Só falta essa medalha para Ana Marcela completar sua coleção.
Ivan Dias Marques é subeditor de Esporte e escreve às terças-feiras