Taças de vinho: como segurar, qual comprar e outras dúvidas comuns

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  • Paula Theotonio

Publicado em 7 de fevereiro de 2019 às 09:50

- Atualizado há um ano

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Taça bordeaux usada para vinhos tintos (foto/divulgação) Além da tradução difícil dos rótulos, a compreensão geral sobre taças de vinhos está entre as principais dificuldades de quem está começando a saborear a bebida. São muitas as dúvidas: “Qual devo comprar?”, “Posso ter só uma?”, “Como segurá-las?”, “Vinho ou cristal?”, e por aí, vai. Hoje, vamos responder a cada uma delas.

“Qual a taça mais adequada para cada vinho? Posso ter só uma?”

Pode.

A Taça ISO é conhecida como curinga, pois serve para qualquer vinho: tintos, brancos, rosés, secos, doces, fortificados ou espumantes. Criada em 1970, é utilizada até hoje em degustações técnicas.

Mas há quem aposte em formatos especiais, criados para cada tipo de vinho para favorecer determinadas características das uvas.

Para brancos e rosés, indica-se uma taça de corpo médio para que você não se demore, pois são vinhos feitos para serem apreciados um pouco mais gelados. A estrutura menor também realça os aromas frutados. Aqui, sinta-se à vontade para servir a taça na medida de três dedos.

Já entre tintos, temos dois formatos clássicos: Bordeaux e a Borgonha. Possuindo bojo grande, alongado e borda mais fechada, o primeiro favorece a evolução dos aromas e os preserva na taça. É ideal para vinhos encorpados, como os que são feitos à base de Cabernet Sauvignon, Merlot, Malbec, Tannat, entre outros. Taça usada para vinhos brancos (foto/divulgação) Já o segundo, também conhecido como Balão, foi desenvolvido para destacar as melhores características de uvas delicadas – como Pinot Noir. O bojo mais arredondado proporciona maior contato com ar e dispersão dos aromas.

Nestes dois formatos, precisamos ser cuidadosos com a quantidade servida: deve-se preencher apenas 1/3 da taça, o que permitirá que você gire a bebida e ela libere melhor seus perfumes.

Para espumantes, escolha a taça flûte ou flauta. Alongada e com borda levemente mais fechada, permite apreciar as borbulhas (ou perlage) e direciona aromas para o nariz. Sirva dois terços e também não se demore, porque espumante quente não é muito saboroso.

Vidro ou cristal?

Aqui, a questão está ligada a quanto você quer investir e quão complexos são os vinhos que você normalmente toma.

Fina, mais cara, leve e elegante; a taça de cristal tem até 24% de óxido de chumbo, o que a deixa mais porosa. Girando-a em uma degustação, mais moléculas do vinho se quebram no atrito contra a parede, liberando mais aromas! Até as lágrimas (filetes que escorrem pela parede interna da taça) dos vinhos mais alcoolicos ficam melhor visíveis.

Mas se você é um tanto desastrado, evite! Sem falar que a porosidade e a delicadeza requerem cuidados na hora da lavagem. Higienize manualmente, só com água morna, e seque-a com um paninho macio. O detergente pode impregnar nos poros e vir a prejudicá-la num médio prazo. Taças para espumantes devem ser mais fininhas (foto/divulgação) Há algumas marcas que incorporam titânio e zircônio ao cristal, unindo beleza, delicadeza e resistência. São um pouco mais caras, mas valem a pena! O que não quer dizer que sua taça de vidro não sirva. Mais barata, resistente e de lavagem mais facilitada, pode ser a sua melhor opção para vinhos do dia a dia.

Como segurar a taça de vinho?

Segurar uma taça pelo bojo não é o mais indicado. E não é por “frescura”: é que o calor da sua mão vai aquecer a bebida. Faça isso apenas quando servirem um vinho gelado demais, ok?

Vinho na temperatura correta? O ideal mesmo é pegar a taça pela haste! Já a taça de espumante pode ser segurada pela base (mas eu, sinceramente, não acho muito estável).

Precisa trocar de taça entre um vinho e outro? Ou lavar com água?

Se estiver bebendo um branco ou espumante e passar a um tinto, melhor trocar. Caso não seja possível – como em feiras, ou na falta de taças limpas – o truque é “lavar” a sua taça atual com o novo vinho. Sirva uma pequeníssima quantidade, gire a taça e descarte o líquido misturado.

Há quem faça esse processo usando água, mas alguns especialistas desaconselham esse método sob a justificativa de que o líquido restante na taça dilui o vinho seguinte. Entre vinhos muito diferentes, eu não descartaria esta possibilidade.

Num momento mais descontraído, saboreando vinhos muito similares, de uma mesma vinícola, uva ou proposta, não precisa se preocupar tanto com a “limpeza” da taça: prossiga bebendo sem medo de ser feliz.