Tempo de mudanças

Por Donaldson Gomes

  • D
  • Da Redação

Publicado em 4 de dezembro de 2017 às 02:31

- Atualizado há um ano

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Reeleito presidente da Fieb, Ricardo Alban, acredita que a entidade está pronta para continuar defendendo os interesses da indústria baiana nos próximos anos, apesar de desafios que vão desde o fim da contribuição sindical obrigatória, o que pode impactar as finanças da entidade, até o conturbado cenário político brasileiro. Nos dois casos, Alban acredita que o caminho é a Fieb continuar a se mostrar relevante para a sociedade. “As empresas deixaram de ser obrigadas a contribuir com os sindicatos, mas vão continuar a fazer isso se o trabalho executado pelas entidades representativas for relevante”, aposta. Além disso, o presidente da Fieb acredita que o trabalho da federação na defesa dos interesses da indústria é cada vez mais necessário no atual ambiente político. “A Lava Jato deixou muito claro que a defesa de interesses empresariais precisa ser feita pela via institucional”, afirma. 

Inovação  Em relação aos eixos prioritários do novo mandato, Ricardo Alban pretende intensificar os investimentos em inovação. O Cimatec Industrial, que está sendo erguido em Camaçari, segue avançando. Além dos R$ 82 milhões previstos para ser investidos inicialmente, há estudos adiantados com montadoras de veículos para o projeto de uma pista de testes no local. 

Terreno fértil O Terminal de Granéis Sólidos (TGS) do Porto de Aratu-Candeias registrou uma nova marca de dinamismo nas operações. Até o mês de outubro, 1,1 milhão de toneladas de fertilizantes desembarcaram por lá – foi o maior volume que o Porto já recebeu. A perspectiva, até o fechamento do ano, é de uma movimentação de 1,3 milhão de toneladas. Em dezembro estão programadas três operações em Aratu. O produto é  distribuído para as regiões produtoras agrícolas, onde acontecem os plantios de soja, milho e algodão, no Oeste Baiano, e no polo de fruticultura do Vale do São Francisco.  O aumento da importação de fertilizante tem relação direta com a recuperação da soja, após cinco anos com produção abaixo da esperada. O item representa 65% das cargas movimentadas no TGS do Porto de Aratu-Candeias. Atualmente, o Brasil é o quarto maior consumidor de fertilizantes, atrás apenas de China, Índia e EUA. Enquanto o consumo do produto aumenta no mundo, em média, 2% ao ano, por aqui a alta é de 4%.

O olho do dono Os primos Ricardo e Bianca Fragnani resolveram apostar em um velho ditado no Grupo Fragnani. “O olho do dono é que engorda o boi”, diz a sabedoria dos mais antigos, colocada em prática pelos dois no início deste ano, quando optaram por assumir funções que eram ocupadas por profissionais com histórias longas na empresa. Ricardo Fragnani é presidente do grupo e Bianca, diretora de marketing. Em menos de um ano, os resultados começaram a surgir no grupo que emprega 1,2 mil pessoas (700 na Bahia, na fabricação dos pisos Incenor e Tecnogres). O grupo chega ao final de um ano difícil com crescimento de 9% na produção e de 14% nas vendas. E para dar conta da demanda no próximo ano, estão previstas ampliações nas duas unidades de produção na Bahia. “Nós optamos pelo caminho da quebra de paradigma (em relação à gestão familiar) e ao mesmo tempo oxigenamos a empresa com nossas ideias”, explica Ricardo Fragnani.