Todo cristão batizado é chamado à santidade

Linha Fina Lorem ipsum dolor sit amet consectetur adipisicing elit. Dolorum ipsa voluptatum enim voluptatem dignissimos.

  • D
  • Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: .

Neste 13 de outubro, o Papa Francisco canonizou,  junto com a Bem Aventurada Dulce dos Pobres, mais três beatas e um beato. O que significam estas canonizações para a Igreja? O que elas nos dizem?

Antes de tudo é preciso entender o que é uma canonização. A Igreja não faz santos. A Igreja declara santos. Mais ainda: declara que aquela pessoa é modelo de santidade. Todo cristão batizado é chamado à santidade. Foi o próprio Jesus quem fez esse convite, como se lê no Evangelho de São Mateus. Para fortalecer o desejo de todos, a Igreja coloca alguns como modelo, a partir de vários horizontes de vida: sacerdotes, pais e mães, trabalhadores, bispos, freiras e freis, jovens, crianças, adultos e idosos, de todas as raças e culturas. É dentro deste parâmetro que podemos interpretar as canonizações que serão proclamadas. Um homem, quatro mulheres, cinco países, três continentes. Um cardeal, três religiosas e uma leiga.

O Beato John Newman nasceu professando o anglicanismo. Inglês, do início do século 19, viveu as grandes transformações pelas quais passava o mundo. Na juventude se converteu ao catolicismo e foi ordenado sacerdote. Homem de profunda inteligência, sólida formação humana e espiritual, chegou a ser comparado a Santo Agostinho, pela grandeza, pela dimensão espiritual e também pelo valor literário da sua obra. Aos 78 anos, foi criado Cardeal pelo Papa Leão XIII, em 1890.

As quatro mulheres que serão canonizadas têm uma característica em comum: a dedicação aos pobres. A Beata Maria Teresa Chiramel nasceu na Índia, em 1876. Tem uma vida muito similar a Santa Teresa de Calcutá e, como esta, fundou uma congregação para cuidar dos pobres. A freira Giuseppina Vannini, italiana, nascida em 1859, criou o braço feminino da congregação fundada por S. Camilo de Lelis para cuidar dos doentes em uma Europa sem saúde pública. A costureira e catequista suíça Margarida Bays teve uma vida simples e cotidiana. Recebeu uma cura no dia em que foi proclamado o Dogma da Imaculada Conceição, 8 de dezembro de 1854. Viveu e morreu santamente, no anonimato do seu povoado.

Diante das pessoas que serão canonizadas no dia 13, que lições podemos tirar? Toda condição de vida é digna de santidade, em qualquer lugar do mundo, em todos os períodos da história. Não existe uma estratégia para as canonizações. Ao contrário, existe uma convicção de que a Graça de Deus age onde quiser, da forma que quiser. Portanto, o convite continua valendo para nós hoje. Pe. Manoel de Oliveira Filho é capelão da Universidade Católica do Salvador (Ucsal)

Opiniões e conceitos expressos nos artigos são de responsabilidade dos autores