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Da Redação
Publicado em 20 de setembro de 2021 às 11:44
- Atualizado há 2 anos
Foram quase dois anos de portas e cortinas fechadas sem poder receber a plateia. Com a pandemia, os teatros foram obrigados a suspender as atividades e seus profissionais a buscar novas formas de seguir trabalhando mesmo sem o encontro presencial com a plateia ou a estrutura das casas de espetáculos. >
No dia 19 de setembro, marcado como o Dia Nacional do Teatro, a reportagem multimídia “O espetáculo não pode parar” revela os principais desafios enfrentados por atores, diretores e técnicos de teatro na Bahia para realizar o teatro virtual trazido pela pandemia. >
Entre os mais de 30 profissionais do teatro baiano ouvidos pela reportagem estão nomes consagrados como Frank Menezes, Ricardo Castro, Aicha Marques e Marcelo Praddo. Atores premiados como Rita Assemnay, Vivianne Laert e João Guisande e profissionais da técnica como o figurinista Maurício Martins e a cenógrafa e diretora de arte Renata Mota. >
Todos foram provocados a refletir sobre o período de teatros fechados, os limites encontrados no que seria o teatro feito pela internet e seus principais desafios, seja do ponto de vista técnico, financeiro ou da criação artística. >
Construída através da junção destes depoimentos, a reportagem é resultado de mais de um ano de trabalho do acadêmico de jornalismo Gabriel Amorim e está sendo apresentada como seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) para finalizar a graduação em Comunicação com Habilitação em Jornalismo, na Faculdade de Comunicação (Facom) da Universidade Federal da Bahia (Ufba). >
Envolvido com teatro desde os 10 anos de idade, Gabriel Amorim conta que sempre quis envolver o teatro no trabalho que sempre quis envolver a arte no trabalho que marcaria o fim da sua graduação em comunicação. >
“Costumo brincar que sou um ator amador no melhor sentido da palavra, de quem faz por amor. Sempre soube que o teatro iria ser o tema para o meu trabalho de conclusão de curso, mas tinha uma outra ideia de projeto. Com a chegada da pandemia tudo se transformou no mundo, não poderia ser diferente com o teatro, nem com este trabalho. Por isso resolvi unir tudo e olhar com cuidado para este momento tão desafiador”, explica o formando em jornalismo.>
Uma das inspirações para a elaboração da reportagem, o ator Ricardo Castro, falou em seu depoimento sobre a importância de gerar espaço na imprensa para que o teatro volte a ser, cada vez mais, visto como uma pauta importante. >
“Fico muito feliz em saber que um jornalista tem como propósito o teatro. Seria muito bom que mais jornalistas se interessassem pelo teatro, que a gente voltasse a ter uma crítica teatral especializadas, que o teatro fosse pauta”, deseja o artista. Para o jornalista, a reportagem é justamente o primeiro passo no desejo de caminhar aliando o teatro à comunicação. “O teatro foi uma das razões que me levou a escolher a comunicação como caminho profissional, nada mais justo do que trabalhar para ajudar a dar espaço a uma arte tão importante”, diz Gabriel. >
Construída em quatro grandes capítulos, a reportagem busca contar o caminho percorrido pelos profissionais desde o momento do fechamento dos teatros até a autorização de reabertura, ocorrida em Salvador, com a chegada da fase verde da retomada de atividades, em 9 de julho. >
Durante as entrevistas, todos os profissionais foram provocados a pensar sobre perguntas específicas que tiveram as mais variadas respostas condensadas em vídeos-relatos que acompanham a reportagem. Entre os questionamentos: onde está o limite que separa o teatro virtual do audiovisual? Como o teatro feito na internet transforma o que será feito depois da pandemia? O trabalho ainda conta com trechos em vídeo de todas as reportagens e com um minidocumentário que acompanhou o espetáculo ‘Orlando’, com a atriz Letícia Mensitieri da sua concepção à estreia. >