Tribunal nega soltura de baiano preso pela Lava Jato

Por Jairo Costa Júnior, com Luan Santos

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), segunda instância para os casos da Lava Jato originados da Justiça do Paraná, negou habeas corpus para o ex-gerente regional da Transpetro no Nordeste, o baiano José Antonio de Jesus, preso preventivamente desde 24 de novembro de 2017.  José Antonio foi detido em Camaçari durante a 47ª fase da Lava Jato, a Operação Sothis, deflagrada para investigar um esquema corrupção e lavagem que movimentou mais R$ 7 milhões. Parte do dinheiro, revelou o ex-gerente à Justiça, foi desviada para políticos do PT da Bahia. Dinheiro na mão... Convocado para atuar no TRF4, o juiz federal Danilo Pereira Júnior disse, em sua decisão, não haver qualquer ilegalidade na prisão e ressaltou os riscos de libertar José Antonio. Em especial, pela “ausência de rastreamento e recuperação dos R$ 7 milhões desviados (...), o que possibilita a prática de novos atos de branqueamento de capitais”. Em julho de 2018, o ex-dirigente da subsidiária da Petrobras foi condenado a 12 anos de detenção.

Azeite no vatapá Aliados do procurador baiano Vladimir Aras, favorito na disputa para suceder Raquel Dodge na chefia do Ministério Público Federal (MPF), tentam convencer o ministro da Justiça, Sérgio Moro, a apoiá-lo junto ao presidente Jair Bolsonaro (PSL).   Argumentam que, com a Lava Jato sob ataque, é trunfo para Moro ter um procurador-geral da República  alinhado com a força-tarefa da operação. A exemplo de Aras, que atuou nos casos envolvendo verbas desviadas para contas bancárias na Europa. Como pano de fundo, está o temor de que Bolsonaro encampe a ideia de escolher o nome fora da lista tríplice, tudo que Dodge mais quer.

Roupa nova Lideranças do PT na Bahia classificam como irreversível a derrota do grupo que dirige a sigla no estado desde 2008. “O sentimento de renovação é claro, após dois mandatos de Jonas Paulo e dois de Everaldo Anunciação”, disse uma das fontes ouvidas pela Satélite, sobre a eleição interna, que começa em 8 de setembro. A certeza de revés vem também do racha no comando da sigla, que gerou duas candidaturas da mesma ala: a de Martiniano Costa, nome da situação, e a de Éden Valadares, que surge como alternativa, com apoio do senador Jaques Wagner, de quem é braço-direito.

Casa nova Entrou em reta final a restauração dos quatro casarões históricos na Barroquinha que vão abrigar a futura sede da Fundação Gregório de Mattos (FGM), que também funcionará como centro cultural. A obra nos imóveis desapropriados pela prefeitura,  a cargo do Iphan, deve ser concluída em maio. “Não vamos só funcionar como sede administrativa, mas como centro multiuso, com café-teatro e três salas para ensaios, algo que falta muito em Salvador, e oficinas de arte. Tudo como parte da revitalização da Barroquinha”, adiantou o presidente da FGM, Fernando Guerreiro.

Tiro de meta No mesmo movimento, o prefeito ACM Neto (DEM) vai assinar, em breve, a ordem de serviço para a reforma do Largo da Barroquinha, principal pilar para a requalificação da área.Dialogar e respeitar o Parlamento é a ‘velha política’? A nova é o quê? Passar o trator em cima de todo mundo e fazer o que pensa?  Mário Negromonte Júnior, deputado federal do PP da Bahia, ao criticar o governo Jair Bolsonaro, a quem aconselha a mudar a comunicação e a articulação política do Planalto, além de evitar ataques a integrantes do Congresso e à imprensa