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Um campo de concentração no coração da Floresta Amazônica


 

As notícias que marcaram a semana

  • Andreia Santana

Publicado em 28/01/2023 às 05:00:00
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O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, comparou, na quinta-feira (26), a crise humanitária vivida pelos Yanomami, na Amazônia, ao Holocausto promovido pelo Nazismo, entre os anos 1930/1940. Na sexta (27), foi a vez do grupo Judeus pela Democracia lançar um manifesto fazendo a mesma comparação. O documento descreve as fotos - divulgadas na imprensa ao longo da semana, das crianças yanomami esqueléticas -, como "cenas comparáveis a dos prisioneiros em campos de concentração". O manifesto, até a noite de sexta, já contava com 400 assinaturas.

Território Yanomami concentra 30 mil pessoas

(Foto: Mario Vilela/Funai)

Os indigenas do território Yanomami, em Roraima, enfrentam uma crise humanitária e sanitária que, ao tornar-se pública nos últimos dias, chocou parte da população brasileira e provocou reações internacionais. Esse território possui mais de 30 mil habitantes e é a maior reserva indígena do país. Ao todo, 570 crianças Yanomami morreram, nos últimos anos, sendo 99 apenas no ano passado,  por desnutrição e doenças evitáveis, como pneumonia e diarreia. Ainda em 2022, foram registrados 11,530 casos de malária, segundo dados do recém-criado Ministério dos Povos Indígenas.

As fotos que comoveram o presidente da Anvisa, o grupo de judeus e qualquer pessoa que use a internet e tenha o minimo de empatia com o sofrimento alheio, viralizaram a partir da divulgação dos dados coletados por equipes do Ministério da Saúde (MS), que atendia grupos de Yanomami desde o dia 16, em Roraima, resgatando adultos, idosos e crianças à beira da morte, por fome, no coração da maior floresta tropical do planeta, a Amazônia. Hospital da FAB em Bela Vista (Foto: FAB/Divulgação) Na sexta, um hospital de campanha montado pela Força Aérea Brasileira (FAB), começou a funcionar em Roraima, com profissionais de saúde da Aeronáutica. No mesmo dia, o ministro dos Direitos Humanos, Silvio de Almeida, disse  que a pasta vai entregar um relatório detalhado da situação  para organismos internacionais. As informações  servirão, ainda,  para basear as decisões do governo  para dar assistência aos indígenas. 

Outros destaques da semana: Susto no TCAIncêndio atinge o telhado e eventos são suspensos Um incêndio, na quarta (25), no telhado do Teatro Castro Alves (TCA) deu um grande susto na classe artística baiana e culminou com a suspensão dos eventos  programados para a  sala principal do teatro até  o fim de fevereiro, enquanto ocorrem  os reparos. FOTO DE  Ana Albuquerque/Arquivo CORREIO* Vigília pelas vítimas da Boate Kiss (Fernando Frazão/Agência Brasil) Boate Kiss - O incêndio na boate Kiss completou 10 anos na sexta-feira (27). A tragédia provocou a morte de 242 pessoas, mais de 600 feridos e comove o país até hoje, sem nenhum réu responsabilizado.  O drama começou por volta de 3h da madrugada de 27 de janeiro de 2013, quando o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, acendeu um objeto pirotécnico dentro da boate, situada em Santa Maria (RS). A jornalista Daniela Arbex escreveu um livro sobre a tragédia, chama-se Todo Dia a Mesma Noite (Íntrinseca, R$ 45,00).  Fórum discutiu impactos da pandemia na América Latina (Foto: Tânia Rego/Agência Brasil) Mais pobres - Os impactos da pandemia de covid-19 na América Latina e Caribe causaram um retrocesso de 27 anos na pobreza extrema. A informação é da representante da Organização Pan-americana de Saúde (Opas) no Brasil, Socorro Gross. Ela participou do debate sobre o cenário dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) no contexto atual, na quinta (26), no Fórum Social Mundial (FSM), em Porto Alegre. Múmia pode ser a mais antiga encontrada no Egito (Foto: Divulgação) Múmia de ouro - Arqueólogos  egípcios divulgaram na quinta-feira (26) o achado de  uma múmia coberta de ouro dentro de um sarcófago que não era aberto há 4.300 anos. A múmia foi descoberta a 15 metros de profundidade,  em um cemitério em Saqqara, no sul do Cairo (capital do Egito), juntamente com outros três túmulos. 

Foi JLo quem disse... Sônia Braga e Jennifer Lopez contracenam como mãe e filha em Casamento Armado (Foto: Divulgação) "Tivemos esse elenco incrível com Sônia Braga. Meu Deus, ela interpreta minha mãe e ela é tão linda! Ela é uma atriz absurdamente incrível. Estar com todos aqueles atores e comediantes  foi um prazer para mimA cantora e atriz Jennifer Lopez (JLo), em entrevista na sexta-feira (27), durante o lançamento do seu novo filme Casamento Armado, se derreteu em elogios à atriz brasileira Sônia Braga, que vive sua mãe na produção.