Um clássico Ba-Vi de muitas emoções

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  • Ivan Dias Marques

Publicado em 11 de novembro de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

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O Ba-Vi de hoje reserva muitas incertezas para quem for acompanhar o maior clássico do Norte/Nordeste. A demissão surpreendente de Paulo Cézar Carpegiani do comando do Vitória a cinco dias da partida só fez contribuir mais ainda para isso.

Tudo porque a expectativa era de ver um Leão combalido após o empate contra o Paraná Clube. Lanterna e quase ‘bônus’ da competição, o time paranaense conseguiu fazer com que o rubro-negro baiano não conquistasse dois importantes pontos na briga contra o rebaixamento. Pontos que, provavelmente, os concorrentes do Vitória já conseguiram. 

No entanto, a mudança de treinador faz com que a motivação durante a semana fosse outra na Toca do Leão. A esperança volta para alguns atletas, insatisfeitos com as chances que não recebiam de Carpegiani, por exemplo.

No entanto, essa vontade/raça/motivação pode ser fugaz. O Vitória estará no fio da navalha no Barradão. Um gol cedo a favor e tudo vai conspirar positivamente: placar favorável, contra-ataque para seus jogadores de velocidade (Lucas Fernandes e Erick) e torcida apoiando.

Por outro lado, se tomar um gol cedo, o ânimo vai lá pra baixo novamente, a torcida pode começar a protestar e a Série B ficará mais próxima. O cenário de um 0x0 também aumenta a tensão, mas, em determinado ponto, a depender do desempenho, não sair derrotado já será positivo para o Leão, se pensando nos cinco jogos que terá pela frente. Ainda terá chance de se salvar e estará mais seguro emocionalmente para outra batalha, na próxima rodada, contra o Sport, em Recife.

Para o Bahia, o melhor cenário é explorar o lado psicológico do Leão para jogar em seus erros. É certo: com pouco tempo de trabalho tático de João Burse, um conjunto que não teve consistência no ano todo e à flor da pele, o Vitória vai errar. Resta saber se o tricolor estará preparado para se aproveitar desse erro.

O Bahia pode ajudar nesse sentido, forçando o rubro-negro a meter os pés pelas mãos, pressionando a saída de bola. Ou apenas se postar atrás e entregar a bola ao rival, esperando que a equipe de Burse enfrente toda a sua dificuldade atual de construir, já que não tem um meia de construção que se adeque ao sistema que o treinador treinou durante a semana.

Enfim, que o Ba-Vi deste domingo possa ser limpo, dentro das regras, com festa das torcidas e a chacota nossa de cada dia sem violência e episódios lamentáveis. Que o ano termine bem!

Ginástica Foi a maior punição possível segundo as normas do STJD da ginástica, mas não a merecida pelo técnico Ferndo de Carvalho Lopes. Espero sinceramente que o Pleno reconsidere e use o estatuto da Federação Internacional de Ginástica e o bana por toda vida de exercer algum cargo no esporte.

Aliás, espero ainda que Lopes, acusado por cerca de 40 ginastas de abuso sexual, ainda seja punido pelo Conselho Federal de Educação Física e, claro, pela Justiça. Seu caso precisa ser um marco, um exemplo de como esse crime deplorável não pode ser tolerado de forma alguma tanto no esporte, como na sociedade. 

Ivan Dias Marques é subeditor de Esporte e escreve aos domingos