Uma bala no caminho de dona Maria

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  • Donaldson Gomes

Publicado em 6 de agosto de 2022 às 11:00

- Atualizado há 10 meses

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Na mesma semana em que Cristal Pacheco foi cruelmente morta numa tentativa de assalto, Maria de Lourdes também perdeu a sua vida durante a sua caminhada matinal. Uma bala perdida, oriunda de um confronto entre policiais e homens armados, em plena Avenida Barros Reis. Ao contrário da estudante de 15 anos, morta no local, a aposentada de 65 anos chegou a ser socorrida e receber cuidados médicos, que se revelaram insuficientes para reverter a situação. 

No lugar da caminhada em busca de saúde e qualidade de vida, familiares e amigos de Maria de Lourdes Alves dos Santos foram obrigados a conduzir, sob forte comoção, o caixão da aposentada até a sepultura, no Cemitério do Campo Santo. O sentimento de quem perde um ente querido assim pode ser resumido nas palavras de uma das filhas da vítima de uma situação que o baiano assistia pela TV, em notícias sobre o Rio de Janeiro, mas que estão cada vez mais próximas de nós.  “Roubaram ela da gente, não é justo isso”, desabafou.  (Foto: Arisson Marinho/CORREIO) Sandra Oliveira Alves, 36, sobrinha da idosa,  resume na mobilização para tentar salvar a vida da tia o quanto ela era querida. Foram doações de sangue, virgílias de oração e tudo o que era possível fazer. 

A maioria não quis falar, não conseguiu. O genro da aposentada deixou o seu comércio de lado desde segunda-feira, para tentar amparar a sogra e a mulher do jeito que podia. 

As notícias sobre o incidente com dona Lourdes, com Cristal, fizeram este intrépido jornalista se lembrar do início da carreira, quando acompanhava de perto o noticiário policial, lá pelos anos de dois mil e alguma coisa. 

Encarar alguém que está de luto por uma morte que poderia ter sido evitada – deveria, na verdade – é um dos trabalhos mais difíceis que existem. Ficam aqui as únicas palavras que eu conseguia dizer: “De coração, eu sinto muito”. 

Nancy Pelosi e aquela visita que causa a maior discórdia A presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, fez uma visita rápida, porém marcante a Taiwan nesta semana. Ela chegou na terça (2) e foi embora na quarta (3), mas os efeitos geopolíticos são comparáveis aos de um furacão de categoria 5, ou até mais. 

Além daqueles rotineiros comunicados diplomáticos, o governo da China iniciou uma  série de exercícios militares, inclusive com disparos de mísseis e munição real na última quinta-feira (4) e só deve encerrar as manobras neste domingo (7).  Os projéteis caíram a poucos quilômetros da costa sul e leste de Taiwan, segundo o ministério da Defesa da ilha, que afirmou terem sido 11 mísseis. E o governo japonês afirmou que outros cinco caíram na Zona Econômica Exclusiva do Japão, que fica fora da rota em questão.

Taiwan colocou as suas forças militares em alerta e realizou exercícios de defesa civil, enquanto os Estados Unidos mantém, desde antes da visita, vários recursos navais na área.Juros nas alturas 13,75% ao ano  é a nova taxa básica de juros do Brasil, a Selic, após alta anunciada pelo Banco Central nesta semana, atingindo o maior patamar desde janeiro de 2017. Esta foi a 12º vez consecutiva que a taxa foi elevadaEm defesa da democracia  Liberdade de imprensa e o respeito aos resultados eleitorais foram os pontos defendidos numa carta assinada pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) e pela Associação Nacional de Jornais (ANJ), lançada na última terça-feira (2).

Em defesa da democracia - II  A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou uma carta em que afirma a solidez da democracia e das instituições brasileiras, além de defender o sistema eleitoral do país. O manifesto fez o presidente Jair Bolsonaro cancelar a ida à Fiesp, que estava marcada para esta sexta-feira (5). 

Inspeção de códigos-fonte  As Forças Armadas enviaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nove militares para iniciar uma inspeção dos códigos-fonte – que são as instruções para que um programa de computador funcione – dos sistemas que são utilizados nas urnas eletrônicas. O trabalho tem a previsção de durar dez dias.