Útero artificial

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  • Hugo Brito

Publicado em 18 de março de 2021 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Cientistas de Israel publicaram na revista científica Nature o primeiro estudo em que embriões de mamíferos, mais precisamente de ratos, conseguiram passar por um período de desenvolvimento em um útero artificial. Na experiência, embriões de quatro dias foram retirados e colocados em uma máquina que fez as vezes do útero. Em tubos de ensaio, eles eram alimentados com uma mistura de oxigênio e dióxido de carbono somada a um líquido para nutrição o que permitiu que eles se desenvolvessem mais sete dias. Nesse ponto, em que faltavam mais seis dias para a formação total do novo ratinho, o sistema não conseguiu mais manter os embriões. Os cientistas compararam os embriões que cresceram em ambiente artificial com outros da mesma idade que passaram pelo crescimento natural e detectaram que estava tudo igual, o que coroou o sucesso da experiência. Em outro estudo do mesmo laboratório, ainda não publicado, os pesquisadores foram além, usando embriões recém-formados e levando-os até o 11º dia. 

A próxima experiência vai tentar criar uma forma de alimentar os embriões até o nascimento, com algo que simule o fluxo sanguíneo para alimentar todo o processo. A experiência abre um horizonte que permitirá estudar, com precisão total, o desenvolvimento celular, o que hoje é feito como se fosse por fotos, tendo acesso a embriões em momentos específicos e não através de um acompanhamento linear. Poder fazer isso ajudará no entendimento de problemas de gestação e complicações de má formação genética. Obviamente você deve estar se perguntando o que impediria, com o desenvolvimento dessa tecnologia, que a ciência partisse para a criação de embriões de seres humanos em úteros artificiais, e isso os cientistas também se questionam. O limite ético hoje impede que os estudos com embriões humanos ultrapassem os 14 primeiros dias do desenvolvimento. Mas um outro caminho que também é estudado pelos pesquisadores pode reduzir esse dilema ético, através da possibilidade de estudar o desenvolvimento de embriões sem a necessidade de uma fecundação e nem de um útero, através da simulação do desenvolvimento celular com as chamadas células fibroblastos, as responsáveis pela recomposição de ferimentos.

Concurso para criadores de games

Os participantes deverão criar um jogo que vai se chamar “Caverna das Maravilhas”, um game de aventura em que, abaixo das montanhas dos Andes, está um artefato alienígena que, se encontrado, pode ajudar a humanidade a desvendar os mistérios do universo. Para chegar ao objetivo, decide-se abrir cavernas na base da montanha e é na criação dessas cavernas que está o desafio técnico. O participante precisa criar uma ferramenta geradora de mapas de cavernas capaz de desenvolver designs aleatórios de cavernas e deve certificar-se de que seu algoritmo de geração de cavernas seja o mais eficiente possível na criação de diferentes designs de mapas sempre que seu programa for executado. Quem promove a competição é a Globant, uma empresa nativa digital que desenvolve soluções de tecnologia inovadoras. Para o concurso só serão permitidos trabalhos individuais. O registro no desafio vai até 11 de abril de 2021 e o vencedor, que ganha um Playstation 5, será anunciado em 21 de maio de 2021. Para se inscrever basta acessar esse link. 

Consertando de longe

A necessidade de manter a distância, em tempo de pandemia, acelerou processos de atuação técnica remota. O reparo de computadores assim já era comum e o conserto de equipamentos físicos também é possível. No sistema de metrô de Salvador, por exemplo, as máquinas que emitem passagens e passam troco possuem rotinas em que programas-robô conseguem reparar a maior parte dos problemas, que muitas vezes demandavam a presença de técnicos para, por exemplo, desligar e ligar os sistemas ou fazer resets em partes do equipamento. Os novos sistemas reduziram os índices de aberturas de chamados de falhas para essas máquinas em mais de 40%, em quatro meses, e evitaram deslocamento de pessoas para essas correções.