Vans, micro-ônibus e ônibus metropolitanos vão circular durante greve

A medida faz parte do plano de contingência da Prefeitura

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  • Nilson Marinho

Publicado em 22 de maio de 2018 às 12:13

- Atualizado há um ano

Com a decisão dos rodoviários de entrarem em greve nesta quarta-feira (22), impedindo a saída de ônibus das garagens das empresas de ônibus de Salvador, o plano de contingência da Prefeitura vai colocar em circulação cerca de 600 vans, micro-ônibus e veículos de cidades da Região Metropolitana (RMS) para que a maior parte da população não seja atingida pela paralisação.

RODOVIÁRIOS DECRETAM GREVE EM SALVADOR

A informação é do prefeito ACM Neto que, durante uma coletiva de imprensa, afirmou também que a Procuradoria Geral do Município (PGM) vai acionar a Justiça para garantir que, em caso de greve, 30% da frota de ônibus circule na cidade. Nos horários de pico, a solicitação será para que 50% da frota seja disponibilizada para a população.

O anúncio foi feito durante uma coletiva realizada na manhã desta terça-feira (22) na Prefeitura, sobre a implantação de geração de energia solar no conjunto habitacional Guerreira Zeferina, no Subúrbio Ferroviário. O detalhamento do plano de contingência deverá ser feito às 17h desta terça. 

De acordo com o prefeito, a Prefeitura vem trabalhando em duas frentes de atuação para evitar a possível greve da categoria. A primeira é estabelecendo comunicação com os empresários e trabalhadores e a segunda, criando um plano de contingência para amenizar o impacto da greve. 

Neto, inclusive, esteve reunido, na manhã desta terça, com o secretário municipal de Mobilidade, Fábio Mota. "Sabemos que o transporte público no Brasil como um todo vive um momento de crise, não é só uma questão em Salvador. Por isso, a Prefeitura vem fazendo todo um esforço de mediação no sentido de tentar evitar a greve. A essa altura, não podemos dar um prognóstico do que vai acontecer, exceto que já estamos tomando medidas paleativas", assegurou Neto. Negociação Na manhã dessa segunda, a reunião entre empresários e a categoria acabou sem acordo. Os rodoviários pedem um aumento de 6%, 10% do tíquete-alimentação e a continuação do pagamento de horas extras.

Embora os representantes da Superintendência Regional do Trabalho (SRT), que mediaram a negociação, tivessem sugerido o reajuste de 5%, os empresários continuaram alegando que não possuem condições de firmar o acordo.  

Reivindicações O prefeito afirmou ainda que os donos das empresas de ônibus sugeriram a ele um aumento no valor da passagem, bem como uma redução de 70 linhas de ônibus, o que significa a retirada de 200 veículos de circulação. As medidas foram negadas pelo prefeito."Essas pautas eu não aceito discutir porque elas afetam o dia-a-dia das pessoas. O aumento da tarifa iria onerar o bolso do cidadão nesse momento, o que a gente entende que é indevido. E a outra, é porque a supressão de 70 linhas de ônibus significaria um prejuízo no serviço, no acesso do cidadão de Salvador ao transporte público", finalizou o prefeito. *Sob a supervisão do chefe de reportagem Jorge Gauthier