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Da Redação
Publicado em 30 de maio de 2018 às 13:56
- Atualizado há 2 anos
Foto: Evandro Veiga/Arquivo CORREIO As vendas do varejo no final de semana marcado pela paralisação nacional dos caminhoneiros registrou queda de 38%, de acordo com a Linx, empresa especialista e líder em software de gestão. >
A análise foi baseada na emissão de nota fiscal eletrônica (NFC-e) de quatro dos principais segmentos em que a empresa atua e demonstra que a Bahia teve uma redução bem acima da média nacional, alcançando 50% de queda. Só o Rio Grande do Sul, com 51% de queda, teve desempenho pior que a Bahia.>
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O indicador considera o desempenho do último final de semana (26 e 27 de maio) em comparação com os dias 19 e 20 deste mês nos segmentos de postos de combustíveis, automotivo, food service e shopping centers.>
Como era esperado, a falta de combustíveis fez com que os postos de todo o país mantivessem o índice negativo de 49%, enquanto o segmento automotivo vendeu 30% menos no período. O setor alimentício apresentou baixa de 27% e os shopping centers perderam 25% das vendas.>
Em São Paulo, as vendas diminuíram 42%, índice maior do que a média nacional. Já no Rio de Janeiro, a queda foi de 26%.>
Confira abaixo o desempenho dos demais estados.Rótulos de Linha 19/20 x 26/27 de maio Acre -12,00% Alagoas -22,00% Amapá -11,00% Amazonas -9,00% Bahia -50,00% Ceará -15,00% Distrito Federal -24,00% Espírito Santo -49,00% Goiás -26,00% Maranhão -28,00% Mato Grosso -45,00% Mato Grosso do Sul -24,00% Pará -26,00% Paraíba -38,00% Paraná -47,00% Pernambuco -45,00% Piauí -24,00% Rio de Janeiro -26,00% Rio Grande do Norte -19,00% Rio Grande do Sul -51,00% Rondônia -27,00% Roraima -21,00% São Paulo -42,00% Sergipe -31,00% Tocantins -39,00% Comércio sofre perdas diárias de R$ 150 milhões As perdas atingem praticamente todos os setores da economia. O prejuízo do comércio no estado em função da greve dos caminhoneiros, que começou no dia 21 de maio, chega a R$ 150 milhões por dia.>
A informação foi divulgada nesta quarta-feira (30) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fercomércio), a Câmara de Dirigentes Lojistas da Bahia (CDL) e a Associação Comercial da Bahia (ACB). >
Na nota conjunta, que foi publicada em jornais de grande circulação, as entidades do comércio afirmam que "com o desabastecimento dos postos, milhares de empresários do comércio vêm amargando dias de prejuízos irreversíveis pois os consumidores pararam de circular, deixando as lojas vazias". >
Agronegócio baiano com prejuízos de meio bilhão de reais O setor da economia mais afetado no estado foi o agronegócio, que contabiliza mais de R$ 500 milhões em prejuízos. O problema mais grave é com os laticínios, aves, suínos e frutas, conforme o CORREIO apurou junto a entidades que representam o setor.>
Em comum entre eles, a dependência no transporte com caminhões – a frota é de quase 145 mil na Bahia – para levar a produção de alimentos aos centros de abastecimento das cidades, aos portos ou para receber a ração dos animais, como ocorre com os criadores de aves e suínos.>
O problema na Bahia segue o nacional. De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a estimativa de prejuízo é de R$ 6,6 bilhões. O valor é referente às perdas de Valor Bruto da Produção (VBP), que mede a estimativa de faturamento bruto na produção “dentro da porteira”. >