Velório de família brasileira morta por intoxicação no Chile acontece nesta terça

Corpos serão velados e sepultados em Biguaçu, Santa Catarina

Publicado em 4 de junho de 2019 às 06:22

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

O enterro e o velório dos brasileiros que foram encontrados mortos em Santiago, no Chile, no mês passado, acontece nesta terça-feira (4), em Biguaçu, Santa Catarina. Os seis brasileiros morreram por monóxido de carbono, de acordo com laudo divulgado.

Os corpos serão velados das 8h30 às 15h30, no Ginásio de Esportes da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), no bairro Universitário. O sepultamento deve ocorrer às 16h no Cemitério de São Miguel, na mesma cidade. 

Os seis brasileiros eram de uma mesma família e foram encontrados mortos em um apartamento em Santiago no último dia 22. Eles haviam viajado para o Chile para comemorar o aniversário de uma da vítimas, uma adolescente de 15 anos.

Sintomas No dia 22 de maio, a família começou a sentir-se mal e acionou familiares falando frases desconexas. O consulado foi comunicado e a polícia foi até o local, mas já encontrou a família morta. Foram localizados os corpos de Débora Muniz Nascimento, de 38 anos; do marido dela, Fabiano de Souza, de 41; dos filhos do casal Karoliny, de 14, e Felipe, de 13; do irmão de Débora, Jonathas Nascimento, de 30; e da mulher de Jonathas, Adriane Kruger. 

Mensagens de áudio enviadas para a família mostram o desespero de Débora. "Eu vou morrer. Vou perder tudo na minha vida, meu filho, minha mãe e o Jô. Não consigo mais, minhas articulações também estão parando e ficando roxas." 

Segundo parentes, os brasileiros pretendiam adiantar o retorno porque tinham recebido a notícia de que Iete Nascimento, mãe de Débora e do irmão, Jonathas, havia morrido horas antes. Iete estava internada por causa de um câncer e morreu na madrugada de quarta. O incidente com gás aconteceu à tarde.

No primeiro áudio, enviado à irmã Raquel, Débora pede ajuda para o filho, Felipe, que passa mal. Ela chora e pergunta se colocá-lo em uma banheira com água quente poderia reanimá-lo. "Eu não sei o que fazer", afirma. Em outra gravação, ela descreve que os demais estão apresentando os mesmos sintomas, como fraqueza e vômito. "Acho que nós todos estamos contaminados por um vírus (...). Não sei o que vai ser de nós."

Investigação Na sexta-feira (24), os Carabineiros do Chile, que equivalem à Polícia Militar, admitiram que houve demora para socorrer as vítimas e abriram uma investigação interna para apurar se houve negligência de um subtenente.

De acordo com as investigações, o apartamento onde os brasileiros estavam não passava por vistoria há 15 anos.

Veja quem são as vítimas: Fabiano de Souza, 41 anos: é pai de Felipe e Karoliny e marido de Débora. Trabalhava como pedreiro e pescador; (Foto: Reprodução) Débora Muniz Nascimento de Souza, 38 anos: mãe de Felipe e Karoliny, mulher de Fabiano, era professora; (Foto: Reprodução) Karoliny Nascimento de Souza, 14 anos: filha do casal que completaria 15 anos nesta sexta, 21; Felipe Nascimento de Souza, 13 anos: filho do casal, foi o primeiro a apresentar os sintomas da intoxicação; Jonathas Nascimento, 30 anos: irmão de Débora e padrinho de Karoliny - a quem presenteou a viagem de aniversário -, vivia em Hortolândia e era chefe do Departamento Pessoal do Instituto Adventista de Tecnologia; (Foto: Reprodução) Adriane Kruger: natural de Goiânia, era casada com Jonathas e morava em Hortolândia. (Foto: Reprodução)