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Da Redação
Publicado em 28 de abril de 2020 às 21:24
- Atualizado há 2 anos
A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai julgar, em 6 de maio, o recebimento de denúncia contra quatro desembargadores e três juízes do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) investigados na Operação Faroeste, de acordo com a assessoria de imprensa do STJ.>
Foram denunciados os desembargadores Maria da Graça Osório Pimentel Leal, José Olegário Monção Caldas, Gesivaldo Nascimento Britto e Maria do Socorro Barreto Santiago - os dois últimos são ex-presidentes do TJ-BA. Já os três juízes investigados são: Sérgio Humberto de Quadros Sampaio, Márcio Reinaldo Miranda Braga e Marivalda Almeida Moutinho.>
Outras nove pessoas investigadas na operação também terão a denúncia julgada, dentre elas, está o advogado Márcio Duarte Miranda, que é genro de Maria do Socorro Barreto Santiago. O relator é o ministro Og Fernandes.>
A Corte Especial pode rejeitar, não receber ou receber a denúncia. Uma ação penal é instaurada e os denunciados se tornam réus caso a denúncia seja recebida. Se for aceita, STJ pode determinar ou manter o afastamento das autoridades do cargo. A suspensão do exercício do cargo pode ser feito a qualquer momento desde o início da investigação.>
O julgamento será realizado por videoconferência, medida definida para todos os colegiados do STJ em 17 de abril pelo Pleno do Tribunal, por causa da pandemia do coronavírus. >
Com início marcado para às 9h, a sessão será transmitida pelo Canal do STJ no YouTube. O julgamento é coletivo, no qual o relator apresenta seu relatório e voto logo após as sustentações orais das partes, inclusive do Ministério Público Federal (MPF), que também serão feitas por videoconferência.>
O presidente da Corte Especial só vota em caso de empate para definir a questão. Os demais 14 ministros votam, a não ser que sejam impedidos ou declarem suspeição de foro íntimo. É preciso o voto da maioria simples (metade mais um) da Corte Especial para o recebimento da denúncia.>
A Operação Faroeste foi deflagrada para apurar esquema de compra e venda de sentenças em disputas de terras na região Oeste da Bahia. Segundo o MPF, a organização criminosa teria praticado atos ilegais relacionados a mais de 800 mil hectares de terras do estado, além de ter movimentado cifras bilionárias. São imputados aos denunciados os crimes de organização criminosa e de lavagem de dinheiro.>