Vitória: a base que orgulha e entristece

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  • Ivan Dias Marques

Publicado em 28 de outubro de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

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O Vitória teve duas semanas – e ainda terá mais – de decisões importantes para sua categoria de base. E a importância também passa pela categoria profissional. Explico. Não é novidade a capacidade do Leão de revelar talentos. No entanto, também não é mais novidade para seus torcedores a capacidade do clube de perdê-los.

Na decisão do Campeonato Brasileiro sub-20, um dos grandes destaques do Palmeiras era um jogador com passagem pela Toca do Leão. Pior: ao contrário de muitos que estouram tempos depois de deixarem seus clubes de origem, o talento de Yan era conhecido. O meia-atacante foi um dos principais atletas do rubro-negro na conquista da Copa do Brasil sub-17, em 2015.

Naquela campanha, Yan, Geovane e Eron formaram um trio mortal. Yan foi pro Palmeiras como parte na negociação de Cleiton Xavier; Geovane está no São Paulo, envolvido na compra de Kieza. Apenas Eron segue no Leão (incluindo aí, Cleiton e Kieza) e, do jeito que anda jogando, dará retorno dentro de campo e financeiro ao Vitória.

Ou seja, ao mesmo tempo que o torcedor vê que o trabalho funciona, e se orgulha disso, não consegue ver muito desse trabalho dando frutos no time profissional. E o exemplo que isso poderia ser possível é Lucas Ribeiro, titular, constante e uma das grandes exceções num time que faz uma Série A medíocre. Ruim é ver na prática o quanto os erros do passado refletem no presente do Vitória.

VAR Já havia escrito neste espaço logo após a Copa da Rússia que o árbitro de vídeo (VAR) possuía alguns problemas, entre eles a forma do árbitro interpretar os lances, que poderia variar de país para país (ou, popularmente, de ‘escola’ para ‘escola’).

Na última quinta, conhecemos um outro problema: o árbitro de vídeo que não quer ser auxiliar, mas protagonista do jogo. E também um uso ainda inadequado da ferramenta. O VAR serve para auxiliar numa decisão duvidosa. No primeiro gol do Bahia, há convicção do árbitro de campo. Ele está a um metro do lance, em melhor localização do que qualquer câmera. Não cabia nem usar a ferramenta. 

No segundo gol, até que se tenha uma câmera interna que apresente certeza, não há convicção da posição irregular de Ramires. Lance rápido, com jogadores em posições muito semelhantes. Desta forma, em que não há convicção, deve-se manter a decisão de campo.

Ainda assim, é um tempo de aperfeiçoamento da ferramenta, na qual acredito muito. O Bahia pagou o preço da utilização dela. Só discordo de ser implementada no meio de uma competição: um clube prejudicado pela arbitragem no início da Sul-Americana não contou com o VAR, o que fere um princípio básico de qualquer disputa, a isonomia. 

Boxe Robson Conceição, enfim, terá um desafio um pouco mais complicado em sua carreira profissional. Ele enfrenta o canadense Joey Laviolette, no próximo sábado, em El Paso, nos Estados Unidos. Laviolette possui um cartel de nove vitórias e apenas uma derrota, com cinco nocautes, bem parecido com o do baiano, com nove vitórias em nove lutas e cinco nocautes. Será um combate bom para vermos se uma disputa por cinturão no final de 2019 ou no início de 2020 é viável.

Ivan Dias Marques é subeditor de Esporte e escreve aos domingos