Vitória aprova orçamento de R$ 52 milhões; confira as projeções

Leão espera negociar jogadores na próxima temporada para alcançar este valor

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  • Vitor Villar

Publicado em 17 de dezembro de 2019 às 21:12

- Atualizado há um ano

. Crédito: Letícia Martins / EC Vitória

O Vitória aprovou na noite da última segunda-feira (16) o orçamento do clube para 2020, o primeiro integralmente sob presidência de Paulo Carneiro. A previsão é de arrecadar R$ 52 milhões e de gastar R$ 51 milhões.

A proposta foi aprovada por maioria na reunião do Conselho Deliberativo. O valor é R$ 7 milhões maior que o orçamento de 2019, quando R$ 45 milhões foram aprovados.

Na reunião não foi detalhada a composição do orçamento, com a origem de cada receita. Sabe-se, por exemplo, que a cota de TV garantida ao Vitória por disputar a Série B será de R$ 8 milhões.

Na Copa do Nordeste, o clube tem garantidos R$ 2,2 milhões de cotas de TV pela disputa da fase de grupos. Se avançar, pode ganhar até R$ 4,37 milhões em caso de título.

Na Copa do Brasil, a garantia é de R$ 535 mil pela primeira fase, contra o Imperatriz-MA, em duelo único. Se avançar até as oitavas de final, por exemplo, pode somar até R$ 7 milhões.

Na reunião, a diretoria disse que pretende incrementar o orçamento com vendas de atletas. A grande expectativa, neste caso, seria a venda de Luan, atacante emprestado ao Palmeiras, que tem cláusula de compra que renderia até R$ 11,4 milhões ao clube.

Em outras palavras, o Leão tem R$ 10,7 milhões garantidos com os torneios de 2020, e pode chegar a R$ 30,7 milhões com as boas campanhas citadas e venda de Luan - apenas como um exemplo.

Que mais?

Por não ter divulgado quaisquer demonstrações financeiras parciais ao longo de 2019, não se sabe quanto o Vitória arrecadou com sócios, propaganda, produtos licenciados e bilheteria neste ano.

Segundo levantamento a partir das súmulas dos jogos, o rubro-negro arrecadou um total de R$ 2,2 milhões de receita bruta e R$ 588 mil de renda líquida com bilheteria em 2019.

Na reunião, a diretoria apresentou a intenção de criar novas modalidades de receitas em 2020, como a abertura de uma Academia de Futebol para crianças iniciarem no esporte e uma área de lazer para sócios, além de parcerias com outros clubes.

Em entrevista ao CORREIO no final de novembro, o presidente Paulo Carneiro falou sobre o orçamento: "Se a gente conseguir vender (jogadores), a gente pode chegar a R$ 50 milhões. Eu não conto com 'se', eu tenho que pensar sem vender jogador, porque não posso obrigar ninguém a comprar um jogador meu".

Comparação

Em 2016, sob presidência de Raimundo Viana e disputando a Série A, o Vitória apresentou orçamento de R$ 76,6 milhões. Em 2017, mais uma vez na elite e com Ivã de Almeida na presidência, o valor foi de R$ 83,4 milhões.

Em 2018, na gestão de Ricardo David, o orçamento foi recorde, de R$ 102,5 milhões. Com a queda para a Série B, foi reduzido em mais da metade, para R$ 45 milhões.

Com um detalhe: o orçamento de R$ 45 milhões foi montado pelo Conselho Deliberativo. A primeira proposta da diretoria de Ricardo David, de R$ 72 milhões, foi rejeitada. A segunda, de R$ 56 milhões, também.