Vitória recebe o América-MG e quer manter tabu como mandante

Rubro-negro nunca perdeu para o Coelho jogando em Salvador

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  • Fernanda Varela

Publicado em 1 de setembro de 2018 às 05:06

- Atualizado há um ano

. Crédito: Mauricia da Matta / EC Vitória

“Eu sou Leão da Barra, tradição”. A primeira frase do hino, música para os ouvidos da torcida rubro-negra, precisa entrar em campo junto com o Vitória neste sábado (1), às 16h, quando a equipe enfrentará o América Mineiro, no Barradão. 

No dicionário, a palavra tradição está descrita como algo que é transmitido de geração a geração, que é um hábito. Ora, o que isso tem a ver com o Brasileirão? Tudo. E a explicação vem logo a seguir. É que o confronto de hoje é um retrato fiel da lei da selva. Quando o Coelho caiu na Toca do Leão, nunca conseguiu sair vencedor. Isso mesmo: jogando na terrinha do dendê, os mineiros nunca foram superiores. 

São nove confrontos até o momento, com sete triunfos do Vitória e dois empates. Mas não pensem que o Leão só reina em seu santuário. No geral, a história é a mesma. Se considerarmos apenas a Série A, os times duelaram sete vezes, com quatro vitórias do rubro-negro, dois empates e apenas um triunfo do América, que aconteceu justamente no primeiro turno desta edição do torneio. Nesse confronto, que foi válido pela 3ª rodada, o Leão perdeu por 2x1. Agora, sob o comando de Paulo Cézar Carpegiani, quer fazer diferente.

É aí que o segundo trecho do hino aparece. “Eu sou vermelho e preto, eu sou paixão”. Paixão, garra, raça, vontade faltavam ao Vitória e Carpegiani teve precisão cirúrgica ao diagnosticar. O time pode até ter carência de peças em alguns setores, mas era uma injeção de ânimo que o time necessitava. Agora, a engrenagem parece ter começado a girar em harmonia novamente.

Ousado, o treinador tem apostado há duas rodadas na escalação de alguns moleques da base para ver o time ganhar uma nova vida e reagir. Contra o Flamengo, o Leão até perdeu, mas conseguiu segurar a onda na defesa e não sofreu goleada - o que vinha acontecendo com certa regularidade. No confronto seguinte, viu o time bater o Atlético Mineiro com gol de um desses meninos que vieram da base, Léo Ceará. Agora, contra o América Mineiro, a fórmula será mantida.

Carpegiani não divulga a escalação com antecedência, mas deve manter os garotos Léo Ceará, Léo Gomes e Lucas Ribeiro no time. Apesar disso, existe a chance de pintar algumas mudanças, já que nos treinos da semana o técnico testou as entradas de Bryan e Lucas Fernandes na equipe, nas vagas de Benítez e Rhayner, respectivamente. 

A mudança no setor ofensivo é a mais provável, já que Rhayner foi submetido a uma cirurgia há pouco tempo e deve ser poupado de começar jogando. O mesmo acontece com o zagueiro Aderllan, que está à disposição, mas como se recuperou de lesão recente, segue em observação. Outra possibilidade é escalar o atacante Maurício Cordeiro, recém-chegado.

Os desfalques para a partida são os volantes Willian Farias e Arouca, além do atacante Luan, todos machucados. Walisson Maia, Juninho e Júnior Todinho, em transição, também estão fora.

Adversário

O Vitória vai encontrar um velho conhecido no time do América. Norberto, que jogou no Leão de 2015 a 2017, volta ao time titular do alviverde após oito rodadas fora, por lesão. Outra mudança no Coelho deve ser Aderlan no lugar de Wesley. O atacante Giovanni, com desgaste na coxa, é dúvida. 

Com 26 pontos, o América é o 9º colocado. Já o Vitória é o primeiro time fora da zona de rebaixamento, em 16º, com 22 pontos - apenas um a mais que a Chapecoense, primeira equipe entre os quatro piores do torneio. 

Embora tenha a pior defesa do torneio, com 40 gols sofridos, o Leão sofreu só 13 dentro do Barradão. Em casa, o time perdeu apenas dois jogos.