Vitória visita Vila Nova em rodada com 3 duelos diretos contra Z4

Leão vive situação inusitada: pode abrir três pontos para a zona ou acabar em 18º

  • Foto do(a) author(a) Vitor Villar
  • Vitor Villar

Publicado em 3 de setembro de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Letícia Martins / EC Vitória

A 21ª rodada da Série B, que começa na noite desta terça-feira (3), já é histórica. Talvez de maneira inédita, os seis últimos colocados vão se enfrentar. Entre eles está o Vitória, 15º colocado, que visita o Vila Nova, 17º e primeiro na zona de rebaixamento, a partir das 19h15.

Os outros confrontos diretos vão acontecer ao longo da semana. Na sexta-feira (6), o São Bento, 19º, recebe o Figueirense, 16º. No sábado (7), o Guarani, lanterna, recebe o Oeste, 18º colocado.

Qual o efeito prático dessa situação inusitada olhando, é claro, pela ótica da torcida baiana? Trata-se de um momento decisivo para o Vitória: se perder para o Vila Nova, pode despencar até a 18ª posição. Por outro lado, se vencer, o Leão pode abrir pela primeira vez uma boa vantagem para a zona de rebaixamento, algo que não aconteceu nas últimas cinco rodadas.

Nessa situação tão atípica, o melhor cenário para o Vitória seria vencer o Vila Nova e torcer por empates nos dois outros jogos. Assim, o Leão chegaria a 24 pontos e abriria três para o primeiro time no Z4, que continuaria sendo o time goiano. 

Em caso de derrota do rubro-negro e vencedores nos dois outros duelos, o Vitória cairá automaticamente para a 18ª posição. O Vila Nova, por exemplo, não só ultrapassaria o Leão como abriria três pontos de vantagem. Até mesmo o Guarani, que é lanterna com 19 pontos, pode ultrapassar o Vitória caso ganhe do Oeste.

Z4 sempre próximo Por causa dos empates nas últimas quatro rodadas, o rubro-negro não conseguiu se distanciar da zona de rebaixamento desde que deixou o pelotão de baixo, na 16ª rodada, após vencer o CRB fora de casa por 1x0.

O Vitória terminou aquela rodada em 16º com 17 pontos, mesma pontuação do América-MG, o primeiro do Z4. Na rodada seguinte o rubro-negro conseguiu um ponto e pulou para a 14ª posição, mas continuou empatado na pontuação com o Oeste, então novo ‘líder’ da zona.

Esse cenário se repetiu nas 18ª, 19ª e 20ª rodadas. O detalhe triste é que, dos quatro jogos que o Vitória fez nesse período, três foram no Barradão: América-MG, Operário e Botafogo-SP.

Escalação O técnico Carlos Amadeu encerra nesta terça uma maratona de seis jogos em 15 dias. Começou diante do CRB, no dia 18 de agosto, em Maceió.

Segundo ele, essa é uma das razões para que o Leão esteja produzindo tão pouco ofensivamente. Nas últimas quatro partidas a equipe marcou apenas um gol, de Lucas Cândido, sobre o Coritiba.

“A gente quer um time que se defenda bem, como vem se defendendo, mas que consiga jogar. Perceba que conseguimos uma consistência defensiva, estancamos aquela sangria de tomar quase dois gols por partida”, disse.

“A parte mais difícil sempre é a ordenação, a concatenação de jogadas de ataque e de criação. Para isso, precisa-se de tempo e treinamento. E a gente não tem treinado. São 66 horas entre um jogo e outro, com descanso e viagem nesse meio. Então a performance tende mesmo a cair”, completou.

Amadeu tem três desfalques: o goleiro Martín Rodríguez, o lateral direito Van e o meia Ruy, todos lesionados. O zagueiro Everton Sena volta de suspensão.

Devido à falta de gols, a dúvida de Amadeu está mesmo no ataque. Mesmo sem ter treinado, o técnico deve mudar a formação ofensiva. Os centroavantes Jordy Caicedo e Anselmo Ramon disputam uma vaga, já que Chiquinho deve retornar ao meio.

A equipe titular deve ter Ronaldo, Matheus Rocha, Everton Sena, Ramon e Capa; Baraka e Lucas Cândido; Wesley, Felipe Gedoz e Chiquinho; Jordy Caicedo.