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Da Redação
Publicado em 9 de fevereiro de 2020 às 13:08
- Atualizado há 2 anos
A viúva da vereadora Marielle Franco (PSOL), Mônica Benício, cobrou neste domingo (9) providências do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, após a divulgação da morte de Adriano Magalhães da Nóbrega, apontado como chefe da milícia "Escritório do Crime", suspeita de envolvimento no assassinato da parlamentar, em março de 2018.>
Ao compartilhar a notícia da morte de Nóbrega no Instagram, ela escreveu "Moro, cadê o Queiroz?", em referência a Fabrício Queiroz, amigo de Nóbrega e ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Ação policial De acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública (SSP), Adriano começou a ser monitorado por equipes de inteligência da SSP após a informação de que ele teria buscado esconderijo na Bahia. Ele foi encontrado em um imóvel na zona rural de Esplanada.>
Ainda segundo a SSP, Adriano resistiu à abordagem e disparou contra os policiais. Houve troca de tiros e ele acabou sendo ferido. Ele teria sido levado para um hospital da região, mas não resistiu. >
"Procuramos sempre apoiar as polícias dos outros estados e, desta vez, priorizamos o caso por ser de relevância nacional. Buscamos efetuar a prisão, mas o procurado preferiu reagir atirando", comentou o secretário da Segurança Pública da Bahia, Maurício Teles Barbosa. >
Foram encontradas com ele uma pistola austríaca calibre 9mm e outras três armas. Participaram da operação equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Litoral Norte e da Superintendência de Inteligência (SI) da Secretaria da Segurança Pública. >
Quem é Adriano? Ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Rio de Janeiro, Adriano comandava o Escritório do Crime, um grupo de matadores de aluguel. Segundo informações do Uol, há suspeitas de que membros do Escritório tenham participação na morte de Marielle. >
Ainda segundo reportagem do Uol, Adriano entrou no Bope em 1996, e fez o curso de operações especiais do Bope, onde conheceu Fabrício de Queiroz, que trabalhou como assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), quando este foi deputado estadual. Anos depois, Queiroz indicou a mãe e a mulher de Capitão Adriano para trabalhar no gabinete do filho mais velho do presidente da República, Jair Bolsonaro.>
Adriano foi um dos homenageados por Flávio Bolsonaro com a Medalha Tiradentes, a mais alta honraria da Assembleia Legislativa do Rio, em 2005, enquanto estava preso sob acusação de homicídio. >