Vivadança reúne mulheres incríveis

Por Flavia Azevedo

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Publicado em 19 de abril de 2019 às 05:00

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Cristina Castro (foto: Filipe Pestana) A partir da energia criadora da coreógrafa Cristina Castro, o Vivadança Festival Internacional reúne mulheres incríveis como a coreógrafa,  professora e pesquisadora Lia Robatto, que revisita um trabalho seu dos anos 70, que já antecipava o debate feminista tão atual.   

Dos quatro cantos do mundo Sob a curadoria e direção da coreógrafa Cristina Castro, o Vivadança tem, na programação, produções internacionais e nacionais, Mostra Latina, Mostra Baiana de Dança Contemporânea, Mostra Casa Aberta, Solos Stuttgart e o projeto Memória e Sobrevivência com 30 espetáculos vindos de 13 países: Moçambique, Holanda, França, Espanha, Alemanha, México, El Salvador, Paraguai, Chile, Venezuela, Itália, Lituânia e Burkina Faso. 

Mil possibilidades Em todos os detalhes, há um recado claro de liberdade e diversidade reforçado nas palavras da curadora: "O processo da escolha dos espetáculos foi a partir do critério da diversidade na dança, para que a gente possa ter uma visão maior sobre as mil possibilidades que a gente tem nesta linguagem, de se expressar com o corpo. Este ano, a curadoria foi pautada também em trabalhos de solistas negros". Lia Robatto (foto: Matheus Buranelli) Sobre mulheres Dentro da programação, no projeto Memória e Sobrevivência, serão remontados três espetáculos de coreógrafas latino-americanas sobre temáticas femininas. Entre eles, Dona Cláudia (sexta, 19, às 17h30, Casa Rosada, Barris) de Lia Robatto, que escolhe o olhar de uma típica leitora da revista Cláudia para nos falar sobre o feminismo dos anos 70, brincando com clichês e estereótipos de mulheres da classe média, especialmente a dona de casa típica da época. “Nesta peça, aponta-se com humor para a visão estreita e preconceituosa dessa mulher, que de certa forma é ingênua, pois não percebe seu papel na família e na sociedade nem as limitações impostas por uma cultura de valores autoritários e retrógrados", explica a coreógrafa. Na trilogia, ainda Algunos Instantes, Algunas Mujeres, da mexicana Cecilia Appleton e Momentos Hostiles, de Luz Urdaneta, da Venezuela. Evento da categoria "tem que ir" e a programação está toda no: www.festivalvivadanca.com.br Montagem original do espetaculo Dona Cláudia, de 1979, de Lia Robatto