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Wagner Lopes valoriza empate do Vitória em 'campo impraticável'


 

Leão ficou no 0x0 com o Brusque em partida marcada por gramado encharcado

  • Da Redação

Publicado em 17/09/2021 às 20:21:00
Atualizado em 21/05/2023 às 16:47:24
. Crédito: Pietro Carpi/EC Vitória

O Vitória sofreu diante do Brusque, na tarde desta sexta-feira (17). O maior vilão do jogo - e do bom futebol - foi o campo do estádio Augusto Bauer, que ficou encharcado após fortes chuvas e dificultou a vida das duas equipes. No fim, ninguém conseguiu marcar e o placar permaneceu em 0x0, pela 24ª rodada da Série B.

Ao fim do duelo, o técnico Wagner Lopes reclamou do estado do gramado, que classificou como 'impraticável'. Mas, diante das circunstâncias do jogo, também defendeu que o ponto conquistado deve ser valorizado. Ainda assim, não é o suficiente para tirar o time do Z4: agora com 24 pontos, o Leão segue na zona de rebaixamento, na 17ª posição. Terá que secar o Londrina, que recebe o CSA no sábado (18), às 16h30, para não cair uma colocação.

"Acho que nós não fizemos um jogo bom, demoramos para fazer a leitura do campo. A bola não rolava. Muitos raios. Eu até falei com a arbitragem se era melhor parar o jogo, porque eu tenho uma história particular com raio que é muito triste. Nós sofremos em alguns momentos, eles criaram oportunidade, tiveram duas bolas na trave. Nós tivemos chance também de fazer gol. Infelizmente, a bola de Cedric não foi no gol", disse o treinador."Mas a gente tem que valorizar muito esse ponto. Fora de casa, não jogando bem, com o campo impraticável - infelizmente, a bola não rolava. Mesmo assim, a gente não tomou gols. Isso é uma coisa muito importante. Valoriza o trabalho dos meninos que estão entrando, nós perdemos os dois zagueiros que vinham jogando. Dadas as circunstâncias, a gente precisa valorizar esse ponto sim, porque é fora de casa, campeonato de Série B é muito complicado. Não teve falta de vontade, nós lutamos, guerreamos, nossos jogadores foram aguerridos. Esse ponto é importante a gente levar para casa", completou.O Vitória entrou em campo com três mudanças. Os titulares Wallace e Mateus Moraes, suspensos pelo terceiro cartão amarelo, deram lugar a Thalisson Kelven e João Victor. Mas a surpresa foi Cedric no lugar de Bruno Oliveira, que ficou no banco. Foi o meia, aliás, quem teve a melhor chance do Leão na partida, mas não conseguiu balançar as redes. Wagner explicou a escolha como estratégia.

"Bruninho é um jogador técnico, não é de imposição física. Óbvio que a gente não esperava que fosse chover. Mas, mesmo sem chover, é um campo muito apertado, que requer muito contato físico. Nossa estratégia foi usar jogadores com mais força, mais troncudos. No caso do Cedric, um cara que marca e joga. Nós colocamos um tripé ali, com Fernando centralizado; do lado esquerdo, Pablo; do lado direito, Cedric, para gente ter um preenchimento melhor no meio de campo, brigar no jogo de imposição física", comentou."Por isso, a estratégia de usar o Cedric. No segundo tempo, a gente não sabia se ia chover ou não, mas o campo é impraticável. Praticamente não teve jogo, só chutão. Um jogo totalmente de imposição física. E esse não é o forte do jogo do Bruninho, na minha visão", acrescentou.Na próxima rodada, o Vitória recebe o Coritiba em Salvador. O jogo será na quarta-feira (22), às 19h, no Barradão. Samuel e Pablo serão desfalques, ambos pelo terceiro cartão amarelo. 

Confira outros trechos da entrevista de Wagner Lopes:

Dupla com João Victor e Thalisson Kelven agradou? Tivemos momentos bons, momentos de lucidez, bola de segurança, sem dar chance para o adversário. Em outros momentos, nós tivemos uma descompensação, um desequilíbrio de atacar a bola, perder o tempo de bola, acabar furando, uma espanada, como a gente diz. Bolas difíceis, porque estava chovendo, o gramado e a bola estavam escorregadios. Devido às circunstâncias, a gente precisa valorizar o desempenho dos dois, porque não tomamos gol. Isso é muito importante. Os dois são de uma lisura, um profissionalismo exemplar. Tem que valorizar esses caras, porque deram o melhor deles. E a gente saiu sem tomar gol.

Desfalques de Samuel e Pablo Nós temos a opção do Eron para centralizar, o Granada, que a gente ainda não conseguiu oportunizar. No Pablo, a gente tem uma briga maior. Rend está se condicionando, João Pedro vem treinando bem. Nós temos outras opções, o Bispo também está treinando. A gente vai voltar pra casa, pensar bem, estudar bem, assistir o jogo do Coritiba, ver bem o que a gente vai montar de estratégia para substituí-los.

Devia ter arriscado mais de média distância? Eu concordo. Só que o campo estava impraticável. A gente não conseguia tirar o time de trás. A bola não rolava. E você, num erro, você tentar jogar curto, triangular, criar situação de trocar de corredor para finalizar do outro lado... Era um dos objetivos. Infelizmente, não conseguimos. Mas é muito melhor você empatar do que tomar o gol. É valorizar esse empate. Óbvio que a gente queria finalizar mais, acertar o gol nas finalizações, caprichar nessa situação de vencer, de buscar vitórias, já que nós tínhamos perdido em casa. Concordo que a gente poderia ter finalizado mais, arriscado mais. Não sei porque a gente só valoriza o empate quando você perde. É melhor você empatar fora de casa do que perder. Todo cuidado é pouco. E sim, tem que ter ousadia com responsabilidade. Hoje, o campo era impraticável.