Zoológico diz que pode sacrificar animais após fechar as portas por causa da pandemia

Instituição na Inglaterra abriga diversos animais marinhos, como focas e pinguins que não podem voltar à natureza

Publicado em 19 de junho de 2020 às 09:21

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução / Living Coasts

O zoológico de Torquay, no Reino Unido, foi obrigado a fechar as portas definitivamente por causa da crise financeira causada pelo novo coronavírus. A organização britânica de proteção aos animais Living Coasts, responsável pelo local, anunciou que alguns bichinhos podem acabar sendo sacrificados caso não encontrem um local para morar.

A instituição ficou um período de portas fechadas e, nesta segunda-feira (15), anunciou o encerramento definitivo das atividades diante da enorme queda no número de visitantes. O zoológico funcionou por quase duas décadas. Apesar da permissão de reabertura, as medidas de distanciamento social limitaram consideravelmente a quantidade de pessoas permitida no ambiente.

O espaço abriga centenas de animais, principalmente espécieis marinhas como pinguins, lontras e focas, que agora correm o risco de serem sacrificados caso não sejam encontrados locais adequados para eles, já que precisam de instalações especializadas. Outros, porém, ainda que em minoria, têm condições de serem reintroduzidos na natureza.

A entidade sem fins lucrativos Wild Planet Trust ressaltou, contudo, que a prioridade "é o bem-estar dos animais". A maior parte deles nasceu em Living Coasts e não seria capaz de lidar com a "vida selvagem".

"No caso improvável de não encontrarmos lares que atendam às suas necessidades, talvez seja necessário tomar a difícil decisão de eutanásia", afirmou, embora ressalte visão otimista para um destino positivo aos animais.

Há possibilidade de eles serem enviados a outros zoológicos e aquários que fazem parte da rede da Wild Planet Trust. No entanto, alguns deles já passam por riscos de fechamento devido a dificuldades financeiras.

"É lamentável que o Wild Planet Trust tenha que anunciar que não reabrirá o Living Coasts como atração de visitantes após seu fechamento durante a atual pandemia global de coronavírus", disse um porta-voz em nota, de acordo com o jornal "Mirror". "Desde a pesca sustentável até a mudança climática, há atitudes que todos nós podemos tomar que fazem a diferença, e acreditamos que o Living Coasts desempenhou um papel vital ao trazer essas questões à atenção das pessoas".