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Decepção com Lula ameaça hegemonia petista na Bahia, diz O Globo

Reportagem do jornal carioca aponta uma insatisfação crescente do eleitorado nordestino - em especial o baiano - com o governo petista

  • Foto do(a) author(a) Pombo Correio
  • Pombo Correio

Publicado em 6 de julho de 2025 às 18:52

Com alta impopularidade no país, Lula participou do 2 de Julho, em Salvador, na semana passada
Com alta impopularidade no país, Lula participou do 2 de Julho, em Salvador, na semana passada Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

A insatisfação crescente do eleitorado nordestino - em especial o baiano - com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começa a ameaçar a longa hegemonia petista na região. É o que mostra uma reportagem do jornal O Globo publicada neste fim de semana (leia aqui).

Cleber Silva, 44 anos, garçom em um restaurante tradicional no bairro 2 de Julho, no centro de Salvador, votou em Lula pela terceira vez nas eleições de 2022.

Ao jornal carioca, Cleber relatou que, na época, acreditava que sua vida iria melhorar após as dificuldades enfrentadas durante a pandemia. Dois anos e meio depois, porém, diz estar arrependido e afirma que votará na direita em 2026.

Entre suas principais críticas estão a inação diante do escândalo no INSS, o agravamento da insegurança nas ruas e o que chama de “gastança pública, sem resultado concreto para o povo, bancada pelo aumento de impostos”.

O sentimento de frustração, segundo Cleber e outros entrevistados, é traduzido na percepção de que a distância entre o povo e o Palácio do Planalto parece hoje muito maior do que na era Lula de 2003 a 2010.

“Tinha a crença de que minha vida iria melhorar, como aconteceu nos outros mandatos dele. Mas, nestes dois anos e meio, foi o contrário, meu dinheiro não dá para nada, passo dias à base de remédio para dormir, por conta do tiroteio constante na favela, e só assim consigo trabalhar. E a gente nem o vê, né? Cadê o Lula? Ele sumiu”, declarou Cleber.

Em busca de reduzir a impopularidade, Lula esteve justamente em Salvador, na última quarta-feira (2), para a Independência da Bahia.

Trocadora de ônibus desempregada e vivendo de um bico de boleira, Giselle Improta, de 37 anos, conta que em Lula não vota mais, por ele não ter cumprido promessas e ter “desaparecido” do seu celular.

“Acreditei que o Bolsa Família iria aumentar, mas o (ministro da Fazenda, Fernando) Haddad só fala em corte de gastos e aumento de impostos. Não voto mais no Lula nem a pau. Cadê ele quando a gente precisou nestes três anos e meio?”, reclamou.

Pesquisador da PUC-RJ, Arthur Ituassu enumera prováveis razões para a insatisfação dos eleitores nordestinos com o atual governo. Entre elas, uma ligada diretamente ao celular de Giselle. “O governo Lula demorou muito para disputar esse campo da comunicação (digital), instituir uma campanha política permanente, assim como faz a oposição”, analisou.