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Larissa Almeida
Publicado em 7 de setembro de 2025 às 19:46
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) discursou neste domingo (7) no ato bolsonarista do 7 de setembro, realizado na Avenida Paulista, em São Paulo. Emocionada, ela foi às lágrimas ao criticar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 4 de agosto. >
“Não estão sendo dias fáceis”, disse Michelle, do alto de um trio elétrico, ao lado do pastor Silas Malafaia e outros apoiadores. “Estou tendo que me desdobrar como mãe, como esposa, como presidente do PL”, acrescentou. Ela afirmou sofrer perseguição política e religiosa e classificou a medida judicial como uma “humilhação”. >
No discurso, Michelle descreveu a rotina da família desde que Bolsonaro passou a cumprir prisão em casa, em Brasília. “Eu vejo policiais na outra esquina vigiando os policiais que estão vigiando a minha casa. A minha filha de 14 anos tendo que ir para escola e, todos os dias, ter que abrir o carro para a polícia verificar se tem alguém dentro”, relatou. >
Em 30 de agosto, Moraes determinou que a Polícia Penal do Distrito Federal intensificasse a vigilância no condomínio do ex-presidente, com revista em veículos que deixam a residência e monitoramento externo para evitar fuga. Bolsonaro, de 70 anos, está proibido de comparecer a atos públicos e de usar redes sociais. >
“Um homem com sequelas de uma facada e que recentemente passou por uma cirurgia de 12 horas… Como que um homem desses vai pular o muro?”, questionou Michelle, pedindo também respostas pelo atentado a faca sofrido pelo marido em 2018. A Polícia Federal concluiu em 2020 que Adélio Bispo foi o único responsável pelo ataque. >
Ao final do discurso, a ex-primeira-dama chamou os manifestantes de “exército de homens e mulheres de bem” e pediu que os apoiadores não desistam. Em seguida, encerrou sua participação reproduzindo um áudio de Jair Bolsonaro já disponível na internet: “Deus, pátria e família”. >