Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Da Redação
Publicado em 1 de setembro de 2024 às 18:17
Morreu neste sábado (31), aos 83 anos, a ex-senadora Maria do Carmo, de câncer no pâncreas com metástases hepáticas. Ela estava internada na Unidade de Terapia Intensiva do hospital São Lucas, em Aracaju, onde realizava hemodiálise. Viúva do ex-governador de Sergipe João Alves, a ex-senadora deixa três filhos, netos e irmãos. >
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, declarou luto oficial de três dias na Casa, a partir deste sábado. "Sua atuação política foi marcada por sensibilidade social e preocupação com a defesa dos menos favorecidos. Sempre atuou na defesa dos interesses do seu estado e da região Nordeste. A morte da senadora Maria do Carmo entristece a todos que tiveram a honra de conviver com uma mulher de grande força política e capacidade de diálogo", escreveu Pacheco ao justificar o luto oficial.>
Vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto também lamentou a morte da aliada. “Maria do Carmo era uma líder dedicada e uma amiga leal, que sempre teve uma relação muito próxima com meu avô, ACM, junto com seu marido, o ex-governador João Alves. Tive o privilégio de presidir o Democratas, partido que Maria do Carmo sempre integrou com dignidade e honra, e sua amizade e compromisso com nossas causas sempre foram motivo de orgulho”, disse. >
Maria do Carmo Alves nasceu em Cedro de São João, em Sergipe, no dia 23 de agosto de 1941, filha de João Batista do Nascimento e de Marinete Alves do Nascimento. Formou-se em Direito pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) em 1966. Nas eleições de outubro de 1998, elegeu-se senadora por Sergipe na legenda do PFL. Tomou posse em fevereiro de 1999. Foi a primeira mulher eleita senadora pelo estado e a primeira mulher no Senado Federal a cumprir três mandatos consecutivos até 2022.>
Em sua despedida no Senado, Maria do Carmo relembrou a sua trajetória parlamentar e os principais projetos que apresentou e relatou: “Trabalhei continuamente para enfrentar a violência doméstica contra a mulher e garantir o espaço feminino no mercado de trabalho, na ciência e na política. Acredito que pensar em políticas públicas de gênero é pensar também em desenvolvimento econômico”.>