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Pastor é indiciado por homotransfobia após ataques à Erika Hilton: ‘Mulher não vira mulher’

Indiciado pode pegar de 6 a 15 anos de reclusão

  • Foto do(a) author(a) Millena Marques
  • Millena Marques

Publicado em 3 de julho de 2025 às 11:25

Flávio Amaral e Érika Hilton
Flávio Amaral e Érika Hilton Crédito: Reprodução

O pastor brasiliense Flávio Amaral foi indiciado por crime de homotransfobia contra a deputada Érika Hilton (PSOL-SP). A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou por Orientação Sexual, ou Contra a Pessoa Idosa ou com Deficiência (DECRIN), concluiu o inquérito na quarta-feira (2).

O pastor foi indiciado por veicular símbolos ou propaganda nazista e por injúria, em razão de raça, cor, etnia ou origem, esse último, por duas vezes. Os crimes cometidos são previstos pelos Art. 20, §2º, e art. 2º-A da Lei 7.716/89. A infração penal foi cometida por meio de alusões à cura de pessoas LGBTQIA+ pela religião, bem como dizendo que as pessoas LGBTQIA+ seriam “filhos da ira e da perdição”, entre outras publicações homotransfóbicas.

O pastor indiciado também pregava discurso de ódio contra a população LGBTQIA+ em suas palestras e em redes sociais, agredindo também a deputada Erika Hilton (PSol-SP) ao dizer que “ela não era incluída no dia das mulheres, pois mulher não vira mulher, mulher nasce mulher”.

O inquérito foi concluído e encaminhado ao Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios. Se condenado em todos os mencionados crimes, o indiciado pode pegar de 6 a 15 anos de reclusão. A reportagem tenta contato com o deputado. O espaço segue aberto. 

Em janeiro deste ano, o pastor também fez declarações polêmicas envolvendo o padre Fábio de Melo. Após o religioso anunciar que estava travando novamente uma luta contra a depressão, o pastor atribuiu a doença do padre a uma suposta homossexualidade não assumida, afirmando que Fábio de Melo tem medo de “sair do armário”.

O evangélico é conhecido nas redes sociais por se apresentar como ‘ex-travesti’, pregando uma falsa cura da homossexualidade com fé, jejum e oração. Na transmissão ao vivo no YouTube, Flávio Amaral ainda disse que não é apenas ele, mas muitas pessoas acreditam que o sacerdote católico sofre com medo de revelar sua verdadeira orientação sexual.

“Padre com depressão por causa de sua vida sexual? Porque não saiu do armário, porque não casou com uma mulher, ou porque não tem um homem, ou porque não faz sexo?”, disse o pastor segurando uma Bíblia e concluiu: “Querido, seja qual for o motivo, este aqui é o remédio para qualquer depressão.”