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Maysa Polcri
Publicado em 24 de setembro de 2025 às 17:22
O Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) na Bahia finalizou a operação conjunta de fiscalização contra a instituição financeira Crefisa S.A. – Crédito, Financiamento e Investimentos nesta semana. Durante dois mês, agências de Salvador e outras dez cidades baianas foram fiscalizadas pelo órgão. Como resultado, 15 agências da Crefisa foram autuadas, sendo 13 em Salvador e duas no interior, nos municípios de Jacobina e Paulo Afonso. >
Os dados foram divulgados na terça-feira (23) pelo órgão da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH). O material fruto da operação será transformado em procedimentos administrativos, que poderão resultar em multas que variam de R$ 400 a R$ 6 milhões, a depender da gravidade das infrações.>
Foram fiscalizadas, ao longo dos meses de agosto e setembro, agências da Crefisa em Barreiras, Lauro de Freitas, Luís Eduardo Magalhães, Vitória da Conquista, Juazeiro, Feira de Santana, Ilhéus, Paulo Afonso, Alagoinhas, Jacobina e Salvador. A reportagem buscou a assessoria de imprensa da Crefisa, mas não obteve retorno até esta publicação. O espaço segue aberto. >
A Crefisa é uma instituição financeira brasileira fundada em 1964 que concede empréstimos, especialmente para servidores públicos, aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
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Procon fiscaliza agências da Crefisa na Bahia
Durante a fiscalização, foram identificadas práticas abusivas, segundo foi divulgado pelo Procon-BA. Entre elas: formação de longas filas, falta de acessibilidade, descumprimento das regras de atendimento prioritário, contratos redigidos com letras minúsculas e de difícil compreensão e falta do Código de Defesa do Consumidor (CDC) em local visível. Além disso, a equipe constatou prática de venda casada, como a exigência de abertura de contas vinculadas à concessão de empréstimos ou cartões consignados.>
Deflagrada em agosto, a operação teve seus resultados consolidados neste mês de setembro. O superintendente do Procon-BA, Tiago Venâncio, destacou a importância da iniciativa: “Nosso trabalho tem como prioridade a proteção dos consumidores hipervulneráveis – pessoas idosas, pessoas com deficiência e cidadãos em situação de maior fragilidade. O acesso à informação clara, o atendimento digno e a acessibilidade são direitos garantidos por lei e devem ser respeitados por todos os fornecedores”, afirma. >