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Prefeito diz que sem vacina não há segurança para realizar eventos que gerem aglomerações
Da Redação
Publicado em 20 de julho de 2020 às 00:43
- Atualizado há um ano
O prefeito de Salvador ACM Neto disse ontem (19/7) no programa GloboNews Debate, que todo o calendário de festas populares de Verão de Salvador está ameaçado de não acontecer caso não haja vacina para imunizar a população contra o novo coronavírus. Essa foi a primeira vez que o prefeito falou - mesmo que lateralmente - sobre o reflexo da pandemia em festas como Santa Bárbara, Conceição da Praia, Lavagem do Bonfim e Iemanjá. No mesmo programa, Neto declarou que a definição de uma nova data para o Carnaval pode sair ainda em agosto e que a nova data para a folia momesca pode ser em julho.
Na semana passada, Neto havia dito que pode adiar o Carnaval caso não haja uma vacina que garanta a segurança dos foliões até fevereiro. A falta da imunização tambem foi a justificativa dada ontem para a possibilidade de suspender as festas populares da cidade. Em uma intervenção, Neto afirmou que quando fala de Carnaval e de festas em Salvador não está se referindo a lazer, mas a geração de trabalho e renda."O Carnaval é importante para a cidade. Não só o Carnaval, mas todo o calendário de eventos de verão da nossa cidade. O Carnaval traz 1 milhão de turistas. Agora, imagina uma festa com 2 milhões de pessoas por dia nas ruas de Salvador. E festa pressupõe aglomeração, junções de pessoas", afirmou. ACM Neto voltou a enfatizar que o mais provável neste momento é que não haja vacina até fevereiro - "temos de ser realistas e a vida sempre tem de estar em primeiro lugar" - e defendeu que o adiamento do Carnaval seja uma decisão tomada em conjunto pelos prefeitos das cidades com tradição de festa, citando, além de Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. Ele garantiu que já foi procurado e conversou com o colega de São Paulo, Bruno Covas, que aprovou a ideia do adiamento.
Neto ainda levantou a hipótese de o Carnaval ser realizado no início de julho. "No caso de Salvador, se esse novo calendário vier a ser aprovado, é possível juntar feriados para garantir 4 ou 5 dias de festa", disse.
Ele repetiu que o limite que tem para decidir sobre o adiamento do carnaval - e das festas de verão - é o mês de novembro, mas que essa decisão pode ser tomada antes porque o prazo de São Paulo e Rio de Janeiro - cidades onde há desfiles de escolas de samba - seria no final de agosto.