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Da Redação
Publicado em 6 de julho de 2017 às 18:59
- Atualizado há 2 anos
Em desuso há aproximadamente 70 anos, o Órgão de Tubos da Basílica Santuário do Senhor do Bonfim voltará a tocar e será reinaugurado neste sábado (8), às 18h, com a presença do bispo auxiliar da Arquidiocese de Salvador, Dom Gilson Andrade da Silva. Mais cedo, às 17h, haverá uma missa de bênção para o órgão. O instrumento de fabricação francesa foi doado à Igreja em 1854 por Feliciana Maria de Britto Lopes Alves e foi restaurado pelo organeiro Daniel Rigatto. A reinauguração faz parte das comemorações dos 263 anos da Basílica, ocorrido no dia 24 de junho. Órgão de Tubos foi doado em 1854 à Igreja e ficou 70 anos sem funcionar (Foto: Anna Carolina Lima/Divulgação)O reitor da Basílica, padre Edson Menezes da Silva, comemorou a reestreia do órgão. “Estamos devolvendo aos fiéis e ao povo baiano um belo e tradicional instrumento musical, que tornará as Celebrações Eucarísticas mais solenes e festivas, como também podemos a partir de agora programar alguns concertos e isso deixará nossa programação cultural mais rica”, disse. A peça, de 4,3 metros de altura por 2,24 metros de largura, possui 290 tubos e é uma das poucas na Bahia com este modelo. O órgão, composto por flautas, metais e tubos, havia deixado de funcionar devido à ação de cupins.O maestro e organista Francisco Rufino, que tocará o órgão após a missa, explica a estrutura do instrumento. “Tem o fole, que hoje é mecânico, produzido por um ventilador, responsável por fabricar o ar. Esse ar é distribuído e passa por tubulações, em uma engenharia quase que perfeita, digamos assim”, conta. A peça é composta ainda por jogos de trompetes, viola de gamba, flautas, clarineta, e “uma série de sons de instrumento dentro do próprio órgão, para que componha tudo isso que chamamos de órgão de tubos”, esclarece.>
Para o juiz da Devoção do Senhor do Bonfim, Francisco José Pitanga Bastos, a restauração é um presente para o povo baiano “seja católico ou de outra religião”, afirmou. “Um presente que envolve a cultura e a religiosidade e que reintegra a nossa Igreja do Bonfim como um centro difusor da cultura do Estado da Bahia e do Brasil”. Ele frisou ainda o fato de a Basílica ser um rico acervo de peças de arte religiosa, que guarda a tradição. “No Bonfim há muito para ser mostrado ao forasteiro, assim como ao próprio filho da terra que ainda não tenha tido a oportunidade de apreciar, com indispensável vagar, relíquias e peças de valor existentes na Basílica”.>