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Caso Valmir: Justiça denuncia policiais e informantes envolvidos em esquema de extorsão

Valmir Borges Gomes, 54 anos, foi morto por agentes da DTE depois de tentar extorquir jovem de 19 anos

  • D
  • Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2011 às 18:18

 - Atualizado há 2 anos

Redação CORREIO

A Justiça denunciou os policiais civis e outros envolvidos no caso de extorsão que culminou com a morte do policial Valmir Borges Gomes, 54 anos, no início de março. Valmir, da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), estava com outros quatro comparsas, incluindo um policial, quando foi flagrado por uma equipe da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) tentando extorquir dinheiro de um estudante de 19 anos detido com lança-perfume. Houve troca de tiros e Valmir morreu no local.Além de Valmir, também foi denunciado por concussão (exigência de vantagem indevida por parte de funcionário público), formação de quadrilha e resistência qualificada o policial Antônio Dante; já o policial Jurandir Desidério, que não participou da extorsão ao estudante mas fazia parte do grupo, foi denunciado por formação de quadrilha. Os dois também eram lotados na DRFR.Os dois policiais estão presos na Corregedoria da Polícia Civil.

Quatro civis também foram denunciados por envolvimento com o caso, acusados de serem informantes: Geison Sérgio Cerqueira da Silva e Philippe Dávila Costa responderão por formação de quadrilha, usurpação de função pública (por terem se passado por policiais) e resistência qualificada. Leonardo Gonçalves e Valter Farias Dantas foram denunciados por formação de quadrilha e concussão.

Geison e Leonardo estavam na viatura sem padronização da DRFR no momento da abordagem da polícia na Pituba. Eles estão presos. Já Philippe e Valter estão foragidos, mas têm mandados de prisão expedidos pela Justiça.Segundo a investigação, a quadrilha era especializada em crimes de extorsão. O episódio gerou uma crise na polícia civil, com os agentes ameaçando entrar em greve às vésperas do Carnaval. Relembre o casoO policial civil Valmir Borges Gomes, 54 anos, foi morto por colegas da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), durante um confronto por volta das 21h30 do dia 2 de fevereiro, na Avenida Paulo VI, no  bairro da Pituba.  Agente da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), Valmir  estava em um Volkswagen Gol com dois homens quando foram surpreendidos pelos policiais da DTE, que investigavam o envolvimento dos três em crime de extorsão.De acordo com a delegada  Iracema Silva de Jesus, titular da Corregedoria da Polícia Civil (Correpol), Valmir e os outros ocupantes do carro reagiram a abordagem. Segundo moradores, o confronto foi intenso e vários carros foram atingidos, além de fachadas de prédios. Em pânico, algumas pessoas chegaram a invadir outras casas e estabelecimentos comerciais para se proteger do tiroteio.A corregedora-chefe informou que a vítima da extorsão é um jovem de 18 anos, que foi flagrado com lança-perfume pelo policial e seus comparsas. A princípio, Valmir pediu R$ 10 mil, mas acabou aceitando R$ 3 mil. O pai do rapaz, entretanto, denunciou a extorsão à DTE já que os criminosos se apresentaram como agentes da delegacia. Os policiais da Entorpecentes, então, armaram o flagrante na Pituba onde houve o tiroteio. Baleado, Valmir foi socorrido ao Hospital Geral Roberto Santos, no Cabula, mas não resistiu. No carro, policiais da DTE encontraram coletes e rádios comunicadores. Pouco depois do confronto, houve uma intensa mobilização na Corregedoria da Polícia Civil, na Chapada do Rio Vermelho, onde foi registrado o auto de resistência.

(Com informações do repórter Bruno Menezes)