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Tailane Muniz
Publicado em 21 de junho de 2019 às 05:30
- Atualizado há 2 anos
Ao todo, oito pessoas morreram em 87 acidentes de trânsito no período junino de 2017 e 2018. O número, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que considera o espaço de tempo entre os dias 21 e 25 de junho, indica que houve uma redução em 2018 (de 57 para 30), com a mesma quantidade de mortes (quatro para cada ano). O período junino ainda é, no entanto, o que mais registra acidentes graves na Bahia. >
De acordo com a PRF, Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e ViaBahia, concessionária de rodovias, ao menos 14 trechos [ver abaixo] das estradas, no estado, exigem mais atenção dos condutores, especialmente no feriado prolongado. Deles, dois estão na Rodovia Engenheiro Vasco Filho BR-324, e outros 12 na Rodovia Santos Dumont BR-116. >
Nesta quinta-feira (20), feriado de Corpus Christi, dois acidentes deixaram nove mortos - um deles, na BR-324, no trecho do Km-547, próximo à cidade de Amélia Rodrigues, terminou com a morte de um motociclista. O segundo, uma batida entre um caminhão e uma van na rodovia estadual BA-502, entre os municípios de Feira de Santana e São Gonçalo. Oito pessoas, sendo sete funcionários da empresa JBS, morreram no local. >
Ainda segundo a PRF, a maioria dos desastres no trânsito ocorrem nos dias de partida da capital para o interior, ou seja, no feriado ou após o feriado, nos horários entre às 21h às 04h. As BRs 101, 116 e 324 registraram o maior número de acidentes em 2018, sendo a maior incidência de acidentes graves na região de Feira de Santana. Salvador, no entanto, registrou o maior número de ocorrências. Acidente deixou oito mortos (Foto: Paulo José/Acorda Cidade) Prudência Presidente da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego do Estado da Bahia (Abramet-BA), Antônio Meira, reiterou que os acidentes de trânsito se apresentam como a segunda causa de morte não natural que mais mata no Brasil. Antônio disse, ainda, que os acidentes começam a ser evitados com a programação das viagens.>
Entre os outros pontos destacados pelo especialista, estão, ainda, verificar a documentação, além de situação mecânica e hidráulica do veículo e até a saúde do condutor. À reportagem, Antônio afirmou que as festas de junho, junto com o final do ano e Semana Santa, são as campeãs de acidentes, pois, são os períodos de maior fluxo de circulação. “A orientação é de obedecer normas de trânsito e, especialmente, não combinar direção com bebidas alcoólicas. Quem vai conduzir, também precisa estar em boas condições de saúde. É essencial fazer uma avaliação no carro, antes de pensar em pegar a estrada, ver se está tudo funcionando bem”. Antônio destaca que a maioria dos desastres “não são acidentais”, já que a imprudência é parte de contexto dos casos. O especialista cita, ainda, pontos já conhecidos dos motoristas, como a utilização do cinto de segurança e assento para bebês e crianças.>
Segurança “Coisas que as pessoas já sabem e fazem. É essencial utilizar o cinto, a coisa de mais importância. Tanto na frente, quanto no banco traseiro, isso pode salvar vidas. Se o motorista conduz um passageiro, atrás, que não usa cinto, ele pode ser vítima dessa imprudência”, comenta.>
Antônio explicou que, em caso de choque, se uma pessoa com cerca de 80 kg é transportada na traseira do veículo e não utiliza cinto, numa velocidade média de 80 km/h, ela é arremessada para a frente com um impacto de, pelo menos, uma tonelada - e aumenta em até cinco vezes as chances de morte de quem está na dianteira. Ele também afirma que o mesmo cuidado deve ser considerado ao transportar crianças.“Ou seja, não adianta o motorista usar se quem está atrás não usa. Todos precisam estar seguros. As crianças de 0 a 1 ano, que devem ser transportadas no bebê conforto [de costas para o painel]; as de 1 a 4, na cadeirinha que fica de frente para o painel; e as que têm mais de 4, num assento de elevação, as pessoas conhecem por booster”. Quanto aos motociclistas, a segurança está diretamente relacionada à utilização do capacete, ferramenta que Antônio afirma reduzir até 70% do risco de lesões graves e em 45% a probabilidade de morte. “Muita gente diz que não usa o cinto porque ‘a distância é curta’. Elas precisam saber que 60% dos acidentes fatais acontecem em percursos com distância de menos de 30 minutos, então, usar o cinto sempre e não colocar no carro um maior número de pessoas do que é permitido. Isso é absolutamente condenável”. Veja trechosNa BR-324 - Rodovia Engenheiro Vasco Filho - Entre os quilômetros 518 e 543 – atenção às rotatórias, reduza a velocidade; - Entre os quilômetros 566 ao 574 – trecho com aclives e declives.Na BR-116 - Rodovia Santos Dumont - Entre os quilômetros 446 e 452 – trecho em obras de duplicação; - Entre os quilômetros 459 e 466 – trecho em obras de duplicação; - Entre os quilômetros 545 e 600 – trecho de serra, atenção às curvas e ultrapassagens proibidas ou inseguras; - Entre os quilômetros 600 e 639 – perímetro urbano de Jaguaquara do Km 628 ao 638; - Entre os quilômetros 639 e 648 – trecho de serra, atenção às curvas e ultrapassagens proibidas ou inseguras; - Entre os quilômetros 569 e 579 – perímetro urbano de Jequié, atenção; - Entre os quilômetros 710 e 740 – trecho de serra, atenção às curvas e ultrapassagens proibidas ou inseguras; - Entre os quilômetros 740 e 750 e entre os quilômetros 773 e 780 – perímetro urbano, atenção; - Entre os quilômetros 808 e 818 – perímetro urbano, atenção; - Entre os quilômetros 828 e 830 – perímetro urbano, atenção; - Entre os quilômetros 830 e 900 – reduzir velocidade, cuidado com ultrapassagens proibidas ou inseguras; - Entre os quilômetros 900 e 912 – perímetro urbano de Cândido Sales, atenção; - Entre os quilômetros 912 e 933 – reduza a velocidade, cuidado com ultrapassagens proibidas ou inseguras.>