Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Ebomi do Terreiro do Cobre, Tia Telinha morre aos 96 anos

Ela lutava contra complicações após um AVC

  • D
  • Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2022 às 17:15

. Crédito: Divulgação

A ebomi do Terreiro do Cobre, Aristhotelina Fiusa, morreu na manhã desta quarta-feira (13), aos 96 anos. Ela completaria 97 anos no mês de agosto.

A informação foi confirmada pela ialorixá do Terreiro do Cobre Valnízia Bianchi, Mãe Val de Ayrá, e pela Associação Beneficente, Cultural e Religiosa Filhos e Filhas de Flaviana Bianchi. 

Conhecida como Tia Telinha, Aristhotelina nasceu em Salvador e foi criada por toda vida no Engenho Velho da Federação, onde está localizado o Terreiro do Cobre. Idosa, ela passava por complicações de saúde após sofrer um Acidente Vascular Cerebral. No último fim de semana ela precisou ser internada em uma Unidade de Pronto-Atendimento da cidade.   Em nota, Mãe Val de Ayrá lamentou a perda. "Que os ensinamentos transmitidos por Tia Telinha e sua dedicação aos Orixás sirvam sempre de orientação para todo o povo de axé e que todos que puderam conviver com ela sejam inspirados por seu entusiasmo pela vida!".

A ebomi Isabela Barbosa do Terreiro do Cobre afirmou que a Aristhotelina Fiusa, conhecida como Mãe Telinha de Yemanjá, era uma referência de força, alegria e autonomia. "Ela nos ensinava muito sobre a vida, era uma mulher que tinha uma capacidade de reunir as pessoas em torno dela, em torno dessa alegria, do que ela viveu com as nossas ancestrais dentro do terreiro e no bairro. Hoje, como nossa ancestral, ela vai continuar nos inspirando", disse. 

O ogan do terreiro Valdélio Silva contou que Mãe Telinha é um patrimônio do local e que representou grande parte da resistência negra na Bahia. "Ela tem uma enorme contribuição, porque ela foi alguém que durante sua existência sustentou uma religião que foi estigmatizada, demonizada e tratada de maneira vil pela sociedade. No silêncio da sua resistência ela conseguiu viver todo esse tempo cultivando os orixás trazidos da África, mantendo essa cultura viva no Brasil", declarou.