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Da Redação
Publicado em 28 de abril de 2016 às 11:46
- Atualizado há 2 anos
Jeferson estava chegando na escola quando foi baleado (Foto: Reprodução)O estudante Jeferson de Jesus Gonzaga, 20 anos, foi morto por conta da rivalidade entre grupos de traficantes da Rua Vinte e do Inferninho, em Marechal Rondon. Segundo informações de um conhecido da vítima, que preferiu não se identificar, ele foi morto por bandidos do Inferninho porque tinha amigos na Rua 20. >
"Era um menino trabalhador. Estamos sofrendo com essa guerra do tráfico", disse o conhecido da vítima ao CORREIO na manhã desta quinta-feira (28). Segundo ele, Jeferson trabalhava pela manhã como ajudante de padeiro e estudava à noite na Escola Estadual Professor Germano Machado Neto. Ainda de acordo com ele, o jovem teve morte cerebral por volta das 10h desta quinta-feira (28). Procurado, o Hospital do Subúrbio não confirmou a informação. Jeferson foi baleado na noite de quarta-feira, quando chegava na escola, onde, segundo informações da Secretaria da Educação do Estado (SEC), era aluno do programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA). >
"Tem gente inocente que está morrendo e pagando pelo tráfico", contou um morador. Segundo ele, o clima é sempre de tensão no Inferninho e nas ruas próximas ao local. "A gente tem acesso às ruas, mas somos obrigados a falar com todo mundo. E também quando essas pessoas veem a gente falando com alguém que mora na Rua 20, fica visado", completou. >
Pessoas mais próximas a Jeferson garantem que ele não tinha envolvimento com o tráfico de drogas. "Envolvido ou não, eles estão atirando, matando as pessoas", contou um morador. >
O estudante foi socorrido com vida por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital do Subúrbio, mas não resistiu aos ferimentos. O corpo ainda será levado para o Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IML), onde passará por perícia. O local e horário do enterro ainda não foram definidos. Segundo informações do Serviço de Investigação (SI) da 4ª Delegacia (São Caetano), Jeferson não tinha passagem pela polícia.>
*Com informações da repórter Amanda Palma>