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Grupo de São Caetano ganha Concurso de Quadrilhas Juninas da Bahia

Capelinha do Forró vai representar a Bahia em festival nordestino, em Recife

  • Foto do(a) author(a) Carol Aquino
  • Carol Aquino

Publicado em 3 de junho de 2018 às 21:15

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Foto: Evandro Veiga/CORREIO

No palco, muita emoção, paixão, criatividade e brilho nos olhos. Em jogo, muito mais que isso. São sonhos, expectativas e muitos meses de trabalho. Assim foi este domingo (3) no Ginásio Poliesportivo de Cajazeiras, durante a realização do Festival de Quadrilhas Juninas Bahia 2018, uma realização da TV Bahia e da Federação Baiana das Quadrilhas Juninas 2018. 

Dez grupos da tradicional dança junina de todo o estado se revezavam na pista, concorrendo a premiações em dinheiro e a uma vaga na final do Festival de Quadrilhas Juninas do Nordeste. Estava aberta a temporada de apresentações dos grupos de dança junina, que estreavam suas coreografias no Ginásio de Cajazeiras. 

No dia de gala, quem reinou foi a quadrilha Capelinha do Forró, uma das mais conhecidas na capital baiana. Nascido em 1998 na Capelinha de São Caetano, o grupo levou ao palco uma verdadeira superprodução, digna dos deuses. Com o tema Midas: um toque de ouro no São João, eles apresentaram a história de um rei que transformou em estátua o seu rival, com direito a uma linguagem de musical, trocas de roupa e cenário móvel. 

Torcida organizada Com tanto capricho em cena, a quadrilha tinha até torcida organizada e canções próprias já conhecidas do público. “A sensação é de satisfação, felicidade. A gente se dedica tanto para chegar aqui. E chegar ter um público desse te esperando é muito bacana”, comentou a figurinista do grupo, Thaís Borges, 39. 

Dançando quadrilha desde os doze anos, ela entrou na dança por  meio da mãe, uma das fundadoras da Capelinha. Porém, dona Graça Brandão vê no ano da vitória também o início da despedida, em que o grupo vai encerrar as atividades. 

Veja fotos do concurso (clique para ampliar)

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“Temos uma equipe de quase 150 pessoas, entre produtores e dançarinos. As pessoas que trabalham aqui são remuneradas. Nós evoluímos a um ponto que não temos como retroceder. Como não temos apoio, não temos como continuar. Só vamos conseguir, se tivermos um patrocínio”, disse a mulher. 

Não foi por falta de brilho e união que a quadrilha Imperatriz do Forró levou o segundo lugar. Em pleno dia da realização da maior Parada do Orgulho LGBT do País, o grupo mostrou que toda forma de amor vale a pena. 

“A gente trouxe como tema os casamentos e sua diversidade”, contou a vice-presidente do grupo, Nenca Lobo. Uma das mais jovens agremiações a participar do concurso, com apenas dois anos de existência, a Imperatriz mostrou que está ali para representar toda a criatividade que vem do bairro de Paripe. 

“São onze meses de preparação. A gente acaba de apresentar e já começar a criar para o próximo ano. O segredo é se concentrar no que você está fazendo e mostrar todo o amor que você tem pela dança”, contou o bailarino Breno Silva, 20, um dos 80 integrantes da quadrilha, sobre o segredo da participação bem sucedida. 

Esforço A maioria das quadrilhas são formadas por grupos do mesmo bairro ou cidade, que ano a ano não deixam a tradição morrer. Mesmo com toda dedicação e gasto (cada grupo gasta em média R$ 150 mil para montar um espetáculo), o importante é manter a chama junina acesa. 

“A gente aqui tem dois núcleos, um de Salvador e outro de Feira de Santana, mas originalmente nós somos do Pau Miúdo. A gente faz ensaio aqui, ensaio lá, ensaia junto e separado também”, conta uma das diretoras da quadrilha Forró ABC, Marli Gomes, que ficou em terceiro lugar e colocou no palco uma homenagem a Gilberto Gil. 

E para bancar tudo isso, o pessoal improvisa. “A gente faz festa, os dançarinos pagam as próprias fantasias… De algum jeito a gente banca. Ano passado, ficamos em segundo lugar no concurso da Febaq”, disse a diretora da quadrilha que está há 32 anos em atividade. 

Como exemplo do esforço para colocar deixar a chama acesa, ela aponta para a colega Janete, de 29 anos. “Faço almoço, lanche para vender nos ensaios, bolo de pote. Isso aqui é quase um vício, é uma família”, conta a integrante do grupo. 

“A gente nem consegue dormir antes de se apresentar. Aí depois é choradeira, ai meu Deus, é muita emoção. Já tenho 23 anos de quadrilha, comecei pequena. É uma emoção tão grande, que a gente se desespera”, contou a copeira Laiane Rosário, de 32 anos.